terça-feira, 28 de junho de 2011

Amor, sexo e as incongruências da vida!


Tenho pensado nessas coisas que intitulam esse post! Óbvio, senão não me proporia a escrever sobre isso, mas é importante saber que tenho revisto meus conceitos! Como aquela propaganda que dizia "você precisa rever seus conceitos!", sabe? Não? Pois é, poucas pessoas brincavam de decorar propaganda quando eram pequenas... eu e minha irmã gostavamos de fazer isso e quem adivinhasse antes do que era a propaganda ganhava! Não interessa, o assunto continua sendo essa mudança de conceitos, a quebra dos estereótipos que envolvem o amar, o transar e o viver! É disso que venho falando bastante atualmente...



Andei vendo coisas bem diferentes do tradicional, nas três áreas supracitadas! Por notícias, por conversas e pessoalmente... sei lá... "coisas ruins acontecem e não há nada que a gente possa fazer, siga o exemplo de Pumba: Hakuna Matata"... é, mas não acho que as coisas ruins acontecem por acaso, acontecem por que precisam nos dizer e ensinar alguma coisa... pra nos impulsionar.. e foi neste sentido que as coisas ruins que me aconteceram me enviaram... pra entender um pouco melhor as diferentes formas de amar e de viver!



Sei lá... fico pensando nessa história de fidelidade e de lealdade, nesse conto de fadas que a maioria das meninas sonham e as vezes penso que nesses tempos modernos eles tinham de ser repensados e resonhados... também por que a quantidade de príncipes está cada vez menor o que dirá da escassez dos que são príncipes e ainda por cima encantados a moda antiga! Os príncipes modernos estão aparecendo em embalagens diferentes, com outras funções, outros botões que a gente as vezes nem sabe pra que serve... A grande maioria esmagadora dos homens que apareceram na minha vida até hoje estavam longe dos príncipes tradicionais, o que não significa que não tinham seus encantos.



As coisas ruins a que me referi anteriormente diz respeito aos príncipes por que incontestavelmente as desilusões que me feriram tinham muito haver com essa espera interminável por um príncipe em um cavalo branco, recitando poemas que falavam de um amor incondicional... e na minha fantasia pessoal ele amaria apenas a mim (agora me refiro a amor e sexo) pro resto de sua vida! Não! Isso não aconteceu e atualmente venho achando difícil que aconteça! Não por que deixei de acreditar no amor, ou no sexo, ou no "felizes para sempre"... mas por que meus conceitos acerca dessas três coisas hoje são outros!



Sabe aquele meu velho lema: "Não tá bom, MUDA!"? Então, mudei de novo! Andei vendo coisas, ouvindo coisas, vivenciando coisas, aprendendo que nem sempre amor é um e sexo é dois, que nem sempre amor é prosa e sexo é poesia, que nem sempre amor é vício e sexo é esporte (como disse a Rita Lee)... na minha realidade atual o amor e o sexo podem ser entre um, dois, três ou quantos mais quisermos que seja em nosso consenso mútuo... tanto amor quanto sexo podem ser viciantes e/ou ser praticados esportivamente, como lazer ou como religião! Não é algo como amor livre... é algo como a felicidade em si podendo tomar diversas formas e se adequar as mais diversas situações afim de nos proporcionar maior satisfação com nossas próprias vidas!




E nesse mesmo momento em que minha felicidade se torna mutante, pra minha surpresa ela adota desejos simples, desses das mocinhas bobas, que sonham com príncipes encantados e finais felizes... não que meu príncipe deva cruzar vales e precipícios ou lutar com dragões, nem sequer preciso que me tire de uma torre ou das garras de uma madrasta má (também por que a minha é bem boazinha!)... a única coisa que minha felicidade precisa nesse momento é do tal do amor (já que, sem vergonha de dizer, o sexo não tem me feito falta)... esse amor incondicional dos conceitos antigos enfrentando meus novos conceitos é o que preciso perto!



Pra falar a verdade, nesse momento o que eu quero mesmo é "andar de mãos dadas com quem sabe que entrelaçar os dedos é mais do que um simples ato que mantém mãos unidas". Ainda que pra mim, nesses novos conceitos, os antigos possam parecer meio ultrapassados, meio desajeitados em sua forma de andar, também por que sabemos que os caminhos da vida são tortuosos e nem sempre entendemos onde querem nos levar com essas incongruências sem fim. Mas não importa... já que a felicidade não tem fórmula mágica ou matemática que desvende, a minha felicidade em si está aqui, de braços abertos pra vida, louca para ser plena, completa e indivisível!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

"De onde vem o mal" E "As Passeatas Diferentes"

A idéia original quando comecei a pensar em escrever era discorrer acerca de um artigo que li na Revista Galileu 240 de Julho/2011 (chega pelo correio por que a nossa excelentíssima Talita assina, adoro). A manchete da capa é uma pergunta mais que capciosa: De onde vem o mal? Pois bem... estava eu as voltas com a matéria, impressionada com tantas respostas científicas e filosóficas ao redor do tema quando embolada nos afazeres rotineiros, passando no corredor do escritório, estava lá a sorrir pra mim a minha tão amada Ilustrada da folha, fui direto a parte posterior e para minha grata surpresa, Contardo Calligaris discorria novamente sobre um tema deveras pertinente: As passeatas e os motivos pelos quais pessoas andam a "passeatear" por aí.
Ao ler o artigo do Contardo resolvi misturar tudo e escrever em uma leva só sobre ambos, não bem contente com a miscelânea de idéias e palavras vou bagunçar um pouco mais e tratar de dar a minha opinião sobre tudo... como sempre!
Em letras em negrito:
"Por que alguém desfila para pedir não liberdade para si mesmo, mas repressão para os outros?"
Contardo se referia a fala dos líderes evangélicos quando afirmavam que os manifestantes da marcha para Jesus não saíram à rua para celebrar sua própria liberdade, mas para criticar as recentes decisões pelas quais o STF reconheceu a união estável entre homossexuais e autorizou as marchas pela liberação da maconha. "Ou seja, segundo os líderes, a marcha não foi por Jesus e sim contra os homossexuais e libertários." O que leva uma criatura a achar que isso é bonito? A achar que reprimir a liberdade alheia possa ter alguma coisa haver com Deus? A querer que todos sejam iguais e mais ainda, obrigar que sejam, ou então pressupõe que estarão todos condenados a queimar do mármore do inferno aqui mesmo, na Terra, sendo penalizados por não poderem ser quem são.
Tenha santa paciência... não acho que isso seja apenas questão de fanatismo, acho que envolve mais que a simples opressão dos desejos alheios para oprimir os seus próprios... essa posição ignorante e intolerante da uma massa populacional hipócrita deve ter tudo haver com o que li na outra reportagem... aquela da revista Galileu, que dava explicações fisiológicas para o mal... Alguma parte do cérebro desses "religiosos" deve estar mesmo falhando, falta produção de Oxitocina. Até ler a matéria na revista eu não fazia a mínima idéia de que isso existia, mas diz que é isso que cria em nós a tal da empatia, que é a capacidade natural que temos de identificar o que outra pessoa está pensando ou sentindo e responder com uma emoção apropriada. Conta-se também que a maldade é simplesmente a falta da empatia, ou seja, da produção de Oxitocina no nosso organismo.
Os laboratórios farmaceuticos já estão em suas históricas corridas pra ver quem consegue começar a vender mais rapidamente a Oxitocina sintética, para ser admnistrado pelas vias nasais. Enquanto isso, os cientistas continuam a analisar cérebros e escanear sentimentos, comprovando que essa tal de Oxitocina é importante, mas que não adianta dar uma capsulazinha da felicidade para alguém que cresce no meio da pobreza e que ve tudo em volta o encaminhando ao caminho do mal, a situação social é o que ocasiona a baixa de empatia e aí? O que deveria ser feito ao invés de gastarmos tantos milhões de dólares com pesquisas? Investir na redução das desigualdades, até os cientistas concordam, caramba, será que é muito difícil entender que o que a gente precisa é educação? Que é isso que pode mudar tudo?
Os "pastores evangélicos da Marcha para Jesus" que ficaram a falar abobrinhas e estimular preconceitos não foram crescidos em meio a pobreza mas com certeza deve lhes ter faltado em casa as famosas conversas entre pais e filhos, e se houve... com certeza seus pais não tiveram essas conversas com os seus, não tiveram carinho... acho que lhes faltou mais abraços, lhes faltou mais convivência com seres humanos de verdade, feitos de carne, ossos e desejos ocultos... que deveriam sim ser libertados... pobres de alma esses serzinhos egoístas que perdem seu tempo gastando o tempo dos outros... pobres dessas criaturas ignominiosas que para suportar suas próprias vida entristecidas precisam entristecer a dos outros! Ai meu Deus... eu sou mesmo a favor dessa Oxitocina, na medida certa deve fazer com que possamos ver no outro mais semelhanças e não tantas diferenças!
Eu estou super de bem com meu cérebro e minha querida Oxitocina!
Imagens: de um blog legal que agora não lembro o nome mas logo cito aqui!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Diferenças...

Tem dias que a gente acorda de bom humor, se esquece que as vezes é o contrario e não entende como algumas pessoas não estão sorrindo a toa! Hoje é um dia desses. Acordei satisfeita que não estava tão frio, que minha garganta não doía tanto, que minha voz não estava mais parecendo a de um locutor de rádio "love-songs" e feliz por não ter me atrasado pro trabalho! Parecia que o dia começava bem... com muitos "bons dias", sorrisos e recepções mais calorosas do que o normal para a cidade de Curitiba!
Mas nem todo mundo acorda assim e minha amnésia conveniente dos dias em que euzinha estava do lado de lá, carrancuda, me faz desentendida dos porquês de tantos incômodos desnecessários frente a certas situações. Sei lá... hoje o humor elevado me traz aquela paz que outrora esperei que viesse dos outros... falo outrora como se fosse um passado distante... mas outrora neste caso é ontem... quando minha carência e estado de saúde afetado me faziam lacrimejar uma necessidade incrível de carinho... Não se engane, ainda quero carinho, mas não me parece extremamente desesperador agora!
É engraçado como minhas próprias diferenças de estado de espírito me fazem outra a cada dia... claro, a essência continua... as bases de tudo que acredito e os motivos que inspiram minha luta, esses prevalecem, mas a diferença da intensidade da força que aplico em cada atividade... isso é incrivelmente inconstante... Acho que sou assim mesmo, "metade 8 metade 80", vou tentando criar meu equilibrio nesse misto de extremos e meios, de ondas que vão e vem... e se comigo mesma já é difícil, imagine com outras pessoas? Que pensam diferente, que foram criadas de forma diferente, que enxergam o amarelo, o vermelho e o laranja de outras formas, em outros tons diversos do meu!
Não gosto de acreditar na incompatibilidade e sei que está mais que certo Fernando Anitelli quando diz que "Os opostos se distraem e os dispostos se atraem"... basta querer para que as coisas aconteçam, basta estar disposto a tudo que o amor das relações requer e isso envolve o ser, o sentir, o permitir, o viver... basta o respeitar! Sei lá... estou positiva hoje, não positivista... hoje não quero acreditar em regras, em fórmulas secretas ou mágicas para que as coisas aconteçam... talvez nem em milagres eu queira acreditar, pelo simples fato de estar descrente que algo seja impossível... essa paz que senti hoje me fez lembrar de uma outra conclusão brilhante:
“Só é necessário fazer tantas leis para reger as relações entre os humanos, porque eles ainda não são habitados pelo amor. Quando eles souberem o que é o verdadeiro amor, quando eles viverem nesse amor, já não será necessário essas leis virem lembrar-lhes. O que podem fazer ou não, eles fá-lo-ão, pois descobrirão espontaneamente como se harmonizar uns com os outros. O amor é a única força que organiza as coisas, que as faz crescer e florir. Quando o amor entra numa família, numa comunidade, numa sociedade, já não é necessário dizer: «Fazei isto, pois, se não o fizerdes, ai de vós!». Todos executam a sua tarefa com prazer. Onde o amor entrou, a lei já não tem lugar...” Omraam Mikhaël Aïvanhov
Eu quero que sejamos regido pelo amor... que valorizemos mais a "lealdade do sentir do que a fidelidade do fazer"... que respeitemos as diferenças e as cultivemos, por que são as diferenças que impulsionam as mudanças e o crescimento, que são as discussões acalouradas que fazem brotar novas idéias, novas inspirações, fazem construir novos caminhos, novos rumos, novas parcerias, novas formas de encarar a vida... Apenas essa ótica sob vários olhares pode nos fazer ver todos os lados de um fator que talvez tenha incontáveis números de lado... talvez nem consigamos imaginar quantos e é isso que faz o "viver" encantador... por que temos contato com a novidade a cada piscar de olhos, a cada passo dado a frente, na diagonal ou para o lado...
Não quero que andemos pra trás, pois isso implica em rever novamente o que já foi visto desnecessariamente! Hoje acordei assim, acreditando nesse futuro próximo que é o segundo seguinte... acreditando nesse amor presente que traz o sorrir em um segundo... desejando esse segundo olhar de um amor futuro que traz a paz desta tormenta próxima que antecede a bonança pós-tempestade! Acordei trocando palavras por canções e cantando palavras ao vento... é o bom humor que impera neste dia não tão mais azul, mas que azul ao acordar me fez querer sair sem meias travando meus pés! Hoje acordei querendo arriscar, livre, diferente, disposta e minha! É bom saber que continuará assim!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Dois posts em um dia...

Nem sei quando o aprendi, sei que a muito tempo atrás alguém importante o recitou pra mim e até hoje tenho um certo poema em minha mente que diz mais ou menos assim:
"Não tenho vergonha de dizer que estou triste, não essa tristeza ignominiosa dos que ao invés de se matarem escrevem poemas... estou triste por que voces são burros e feios e não morrem nunca!"
Estou triste! Hoje fui criticada, e salvo quando estou de extremo bom humor, críticas negativas me deixam extremamente magoada, ainda mais quando sei que são condizentes com a situação que se apresenta. Criticaram minha escrita, meu blog e levando em conta o Post anterior, meramente descritivo, penso que faz sentido. Mas não importa, hoje, eu estou extremamente sensível, quase não tenho voz para berrar minhas angústias e preciso urgentemente de carinho, cuidados e amor.
Sempre que fico doente fico assim, sentindo falta de casa, querendo me afundar nas cobertas apenas sendo servida por alguém especial... por muitas vezes foi minha mãe e com ela longe fica difícil pensar em alguém tão disposta quanto uma mãe para me fazer esse tipo de cuidados... ainda mais quando a gente cresce e percebe que não é uma dor de garganta qualquer que pode te afastar das obrigações de trabalhar e estudar.
O que eu precisava dizer e que não disse antes, é que embora meu final de semana tenha sido extremamente gratificante hoje acordei de ovo virado por conta das dores que sinto, como todo mundo, detesto sentir esse tipo de dor... não é como a da tatuagem que nos dá vontades de senti-la novamente assim que cessa, não é como as de loucuras de amor que valem a pena o desconforto... essa dor é uma dor sem vantagem nenhuma, sem bonificação... e a minha então, nesse caso não me oferece nem os benefícios de alguém me cuidar em seguida!
Eu acho que estou cansada de exercitar meu blábláblá e que talvez seja hora de colocar em prática aquela histórinha de namoro de inverno, está frio e estou aceitando candidatos bem humorados, sinceros, companheiros, que gostem de uma festa de vez em quando e topem cobertas, filmes e comidas. Aaa... sei que posso mudar de idéia logo em seguida, mas estou realmente carente. Deve ser a gripe e o inverno!
As vezes essa carência se cura em um instante... e as vezes um instante pode durar um século... não sei... sei que tem momentos mesmo que eu gostaria que permanecessem eternos... estáticos no tempo apenas me permitindo desfrutar abraços e cheiros... sei lá... as vezes canso de ser eu... canso dos meus cansaços, dos meus enjôos, da minha volatilidade, assim como canso de tudo que é constante e estático... mas esses momentos específicos poderiam durar bastante... poderiam me fazer entender da paz que traz a calmaria... em meio a esse tufões que crio ao redor de mim!

1000 anos em um final de semana!

Seguindo o rumo indicado pelos acontecimentos, hoje amanheci com a garganta inflamada, uma voz que pouco se diferenciava da de um travesti, com frio e atrasada como sempre! Se não fosse a Talita me acordando eu com certeza ainda estaria na cama... mas quem nunca confundiu o botão "soneca" com o botão "desligar" que jogue o primeiro travesseiro, eu vivo fazendo isso!
Mas voltando ao meu estado de saúde, a inflamação na garganta já mostrava suas garras na quinta-feira, quando fui comer sushi e nem os 15 litros de chá que tomei amenizaram a dor (quem já saiu comer sushi comigo sabe que são 15 litros mesmo!)... na sexta trabalhei o dia todo, e a noite... trabalhei mais um pouco, com prazer, no Jokers, show dos meninos da Seven Side Diamond tocando músicas próprias e YES em uma performance divina! Amei! Mas o que importa é que depois de horas e horas de conversa fui dormir em torno das 7 da manhã, o sol brilhava em sua passagem diária rápida por Curitiba... logo ele se escondeu por entre as nuvens do céu cinza Curitibano e eu cai no décimo quinto sono!
O dia no sábado foi de preguiça, muita, comida em quantidade absurda e filmes... dois... companhia: 3 pessoas amadas... até as 23h quando cheguei em casa, munida de muito alcóol e afins e me vi cercada de quase 40 pessoas, eu acho (parecia que era), com grande fôlego e muitas boas energias a despender ao meu redor, foi difícil... mas resisti até meio dia... quando capotei... sem mais nem menos, apenas a cama parecia apetitosa frente ao meu cansaço... e capotei mesmo... até as 17h...
Acordei me despedi dos remanescentes da festinha que permaneciam lá em casa, tomei meu merecido banho, assisti um filminho com a Talita e o Rafa (que estão se despedindo do Brasil), comi uma pizza e enfim... sós, descansei em paz! Foi muita diversão, muito álcool e muita gente pra um final de semana só... hoje, me dou o direito de falar o mínimo possível, se o telefone me permitir, andar menos possível, se as tarefas rotineiras me permitirem e dormir o mais cedo possível se eu mesma e a faculdade me permitirem...
Aaaa... mas é valido! Tá certo que não é preciso exagerar mas foi bom dessa vez e apenas preciso me dar um tempo pra recuperação... mas tudo bem, as vezes vale a pena essas dezenas de anos vividos em poucos dias... fazem desses dias, dias de luz, de crescimento e de viver que é imensamente importante não é? Viver? Viva o amanhã, amanhã!... eu prefiro viver o hoje!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Por que acaba um casal?





Passei no corredor do escritório, onde normalmente ficam os jornais já lidos, com cadernos desmembrados e uma desordem explícita, tal qual nosso país atualmente. Eu, particularmente cansei de saber que os políticos continuam a sapatear sobre nossas cabeças e que catástrofes não tão naturais assim continuam a matar pessoas, em sua maioria pobres, enquanto nós continuamos fingindo que não temos nada a ver com isso simulando nos escandalizar... "ó, que horror!"... como se não fosse previsto. Separei os únicos dois cadernos que me interessaram: Comida e Ilustrada.




No caderno de comida encontrei uma receita de um doce chamado mil-folhas. É uma massa folhada com creme de baunília, na foto estava igualzinho a um que meu pai trazia pra casa volta e mais e que era incrivelmente disputado! Mas foi no final da folha Ilustrada que achei um texto que prendeu minha atenção: Por que acaba um casal? Por Contardo Calligaris: em letras em destaque: "Nossa cultura romanceia o namoro, mas imagina o casamento como se fosse uma 'tumba do amor'".




O autor da matéria em questão, postou no Twitter a pergunta manchete e obteve como uma das respostas o seguinte: "os casais não morrem nunca de morte natural, mas por falta de cuidados, de atenções e de esforços". Não acho... acho que quando o casal morre com esses sintomas de doença, significa que o amor já acabou... e um amor que acabou jamais deveria manter unido um casal. Sou extremamente contra a permanência por inércia, indubitavelmente avessa a comodidade... Mas aí me pergunto, Por que acaba um casal?




Eu não sei... gosto de acreditar que é por que o outro não merecia (no caso de eu ainda querer) ou por que não era pra ser (no caso de eu não querer)... é até meio verdade dizer que sempre fiz tudo que podia para ser feliz com quem amei, mesmo por que amei verdadeiramente poucas vezes e quando era apenas paixonite aguda ficou valendo a regrinha básica dos três meses de convivência... ou dá ou desce! A paixão desceu, despencou, desabou trem afora! E eu continuei em frente como se nada tivesse acontecido... como se a matéria em minha trouxinha de aprendizado estivesse apenas mais cheinha, nunca mais vazia. Então por que ficaria triste? Como Calligaris disse:




"...não é preciso que haja descordância brutal, traição ou desamor para que um casal se perca (...) Mas talvez o fim de um amor seja um fenômeno tão misterioso quanto o apaixonamento. Talvez existam duas mágicas opostas, igualmente incontroláveis, uma que faz e outra que desfaz."




Foi o fim de mais um amor, uma paixonite, um caso... que seja... no fim das contas vale mesmo o que conseguimos carregar conosco e isso nunca é mais do que se guarda no cérebro e no coração, pode ser muito e bom em forma de lembranças, as vezes nostálgicas mas nunca amarguradas, é algo como uma saudade gostosa de algum momento específico, que aparece derepente e passa, ou pode ser pouco, pequeno e ruim carregando dor e desilusões, quando estamos afim de ganhar rugas de rancor. Eu gosto de acreditar que sempre valeu a pena!




E fim.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Era uma vez um Brasil!


Como se não bastasse o frio, ainda me aparece um vulcão! Não... não foi aqui, foi lá na região de Caulle Cordon no sul do Chile, mas esse demônio cuspiu sua fumaça aos sete ventos pelo prazer de me extressar! Não liguem não... hoje é melhor não mecher comigo, ainda se fosse apenas o vulcão, tudo bem... iria de ônibus e chegaria em Florianópolis de uma forma ou de outra, nem que fosse de carroça! Mas é que parece que justo na minha TPM as pessoas estão mais dispostas a me tirar do sério e é exatamente isso que está acontecendo hoje!


Não é apenas o telefone que não para de tocar, mas também a mocinha do Banco do Brasil que me deixou horas e horas no aguardo, a ligação voltou pra mesa dela 6 vezes e por tantas outras caiu na mesa de outras pessoas que não sabiam o que fazer pra resolver a meleca que eles mesmos tinham feito! Hoje eu odeio telefone fixo e odeio bancos! Não é apenas a mensagem que chega no celular dizendo que minha conta não foi paga... FOI PAGA senhora operadora VIVO, está paga desde antes do vencimento... "desculpe senhora, foi erro do sistema, favor ignorar essa mensagem!" Diria ela... Obrigada... Acho que hoje odeio celular também!


Ai me aparece um cliente no escritório: "No seu computador tem acesso a polícia?"... frize-se que somos um escritório previdenciário... "Não senhor, não temos!"... eu estava realmente sem paciência e ele começou a contar uma história:


- ...é que ontem a polícia disse que tinha dois mandado de prisão no meu nome - Agora ele ganhou minha atenção, como assim? - eu tava indo pra missa com a minha filha de 14 anos e os policial vieram e cercaram nóis... aí disseram isso, que iam me levar preso, eu falei que era só um trabalhadô... e minha filha perguntou por que eles não iam prender os bandidos de verdade, chamaram ela de vagabunda e mandaram ela calar a boca... e aí pegaram os documentos do carro e os meus, depois devolveram e mandaram a gente ir embora!"



É!!! Nesse momento eu fiquei parada, na frente do meu computador, sem saber o que falar ou o que pensar. É lógico que se houvessem mesmo dois mandados de prisão contra aquele senhor ele teria sido levado preso realmente. O que aqueles policiais queriam? Talvez assustar... talvez tenha sido um equívoco sem direito a retratação ou pedido de desculpas... talvez eles saiam todas as noites à caça de pessoas humildes para apavorar, chingar e despejar sua raiva por seus salários baixos e suas vidas miseráveis, as vezes até batem, matam... e ficam mais aliviados... "alguém agora está pior do que nós, comendo planta pela raiz... hahahahahahaha"! Hoje eu odeio policiais!



Enquanto isso, no lustre do castelo... o Ex presidente LULA-LÁ-LÁ diz que "Dilma é senhora da situação", que a presidenta sabe o que faz e que não é manipulável... Lula ainda ignora o fato de seu companheiro de governo Paloccinho ter quadriplicado seu patrimônio em pouquissimo tempo, ambos e a Senhora Presidenta agem como se nada disso fosse suspeito... como se fosse tudo uma grande festa, afinal, a Copa do Mundo vem aí!


É preciso que a nossa excelentíssima governanta se manifeste, e não estou falando do Palocci, estou falando da zona que está este país! Falo das agências reguladoras que nada regulam e suas desreguladas empresas de telefonias móveis, fixas... Falo dos bancos que retiram dinheiro de nossas contas direta e indiretamente ignorando qualquer relação protegida pelo código de defesa do consumidor, pelo código de processo civil ou até mesmo pela nossa Constituição Federal... Falo do caos aéreo que se instala a cada desequilibrio do outro lado do continente sem que tenhamos autonomia ou tecnologia para fazer o sistema funcionar... Falo dos polícias que pouco ganham e ainda que bem ganhassem não têm suporte psicológico ou funcional para vislumbrarem a oportunidade de serem boas pessoas e realmente protetores da lei e do cidadão desamparado que sofre e implora por paz e comida!


Talita e Rafael, eu tenho tentado criar esperanças pra esse Brasil que eu amo... amo mesmo, é o país que abriga minha família, meus irmãos, meus amigos... é o país que abriga minha memória, meu passado, meus amores... Mas está difícil... eu entendo voces e a raiva que sentem por tantas frustrações que já passaram por aqui... Parece mesmo que está tudo degringolando, que as falcatruas estão tão intrínsecas umas nas outras e arrematadas que nem o bem consegue atingir sua finalidade! Está difícil! Hoje passei raiva, muita raiva e talvez, se não fosse minha TPM eu não tivesse perdido o controle, mas foi bom! Me descontrolei, desabafei! E no fim das contas... nada mudou... a conclusão continua a mesma!


O SISTEMA É FODA! Era uma vez um Brasil!


terça-feira, 7 de junho de 2011

A culpa é dos publicitários!

Se tem uma coisa que me deixa extremamente inojada é essa mania de encenação que se propaga pelo mundo, parece que todo mundo está sempre concorrendo a um Oscar de tantas máscaras e personagens que encarnam por motivos que nem eles mesmo sabem o porque, talvez por que de tão volúveis sejam mesmo a cada momento uma pessoa diferente!


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Assisti semana passada, em uma aula de direito do consumidor, ministrada pela Professora e Coordenadora do curso de direito da minha universidade, Alessandra Neusa Sambugaro de Matos, o documentário "Criança: a alma do negócio", aborda as práticas abusivas de publicidade que se utilizam, exploram e apodrecem os cérebros de nossas crianças transformando-os em mini-adultinhos que ao crescerem continuam sendo adultos pequenos, de alma e de senso crítico.


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Meu amigos e familiares publicitários que me perdoem, mas reservo boa parte da culpa pelo naufrágio cultural que vivemos neste país em nossa época, aos seus caros e talentosos colegas de profissão. Ontem a pergunta na aula foi a seguinte: Por que usar crianças até mesmo em propagandas que não são de produtos voltados para crianças? Por óbvio que crianças são fofinhas, tchutchuquinhas, guti guti... são mais convincentes! Os pais não ligam mais para o que os adolescentes querem, mas as crianças... "Que dó não dar o que ela quer, vamos comprar"!



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Isso nem é o pior, tudo bem querer vender o seu produto... mas o que está sendo analisado aqui é algo que hipnotiza radicalmente mentes em formação para que sejam obstinadas pelo vício consumeirista e passem a se importar mais com o "ter" do que com o "ser". Não importa mais quem você é, importa se você tem o tênis da moda, se tem a roupa de marca, o celular mais moderno... não queremos mais saber se você tem princípios, queremos saber se você pode comprá-los!

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"A publicidade promete a felicidade da satisfação de inserção social". Aquelas crianças que preferem ir ao shopping ou no salão de beleza ao invés de brincar, que compram aquela bolacha gordurenta por que gostam do ursinho fofinho que dança balançando a bunda no comercial, ou aquela que quer a sandália que vem com a bolsinha para poder andar com aquelas menininhas do grupinho "PopPinkRosaRiriri", ou aquele videogame que só os fortões e poderosos tem... Essas crianças vão crescer, muitas delas já cresceram... e hoje só ligam pra quem tem o smartphone mais brilhante, só andam com quem tem o carrão do ano, só beijam quem veste o jacarézinho e mal sabem trocar meia dúzia de palavras sem citar uma marca de mais de dois milhões de dólares e ressaltar que "eu comprei uma dessas!".


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Por outro lado... a criança que foi bombardeada a vida inteira por dezenas de milhares de propagandas na televisão que falavam que "se você não tiver isso você não vai conseguir uma mulher gostosa", "se não tiver aquilo você será um fracasso", "você precisa ter um"... e não teve... que tipo de adulto vira essa criança sem estrutura física, emocional e material para competir com os bonitões com seus cabelos com o gel "X" ou com as modelos boazudas com o silicone "Y"? Ouvi em uma dessas aulas em que discutiamos esse assunto que, atualmente não se rouba um tênis por que não se tem sapatos, se rouba por que só serás alguém se tiveres AQUELE tênis e se não tens dinheiro pra comprar e passas a vida escutando que se não o tiveres jamais serás alguém, então roubas, por óbvio, todo mundo quer ser alguém!



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São esses adultos vazios de riquezas emocionais e ricos de bens materiais que vemos por aí pisando no coração dos outros e desdenhando sentimentos, atuando em suas vidas como se fossem parte de um comercial de margarina ou de cerveja. São esses adultos que foram crianças de menos e consumistas de mais, que hoje ainda moram com seus pais por medo do mundo, que são carentes de discernimento na relação com o outro, que não respeitam a vida enquanto não afetar seus próprios bolsos e é isso que está apodrecendo o antigo conceito de família, aqui nem falo de tradicionalismo, bem sabem que sou contra isso, estou falando do que valia a pena, de valorizar o bem estar social, a convivência pacífica e a lealdade.


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Abram os olhos, estamos falando aqui do futuro de nós mesmos, de nossos filhos... estou criticando a materialização do sentimento contra a qual tanto luto e que de uma forma ou de outra começa com a massificação da cultura de consumo desde a tenra idade, inserida em nosso cotidiano pelos meios de comunicação. A banalização da personalidade humana, a generalização de necessidades! Não digo que não compro, pelo contrário, adoro um sapato novo, mas felizmente ainda sei dissernir um luxo de uma necessidade, e sei me penalizar por isso na medida que JAMAIS confundirei uma bolsa com um coração!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Ansiedade X Desejo!



É sempre assim, as vésperas de viagens ou grandes acontecimentos eu fico com borboletas no estômago, caraminholas na cabeça e fogo nos pés (pra não dizer em outro lugar). Pra quem não sabe, amanhã acontece no Espaço Cult no Largo da Ordem em Curitiba um show apresentado por Seven Side Diamond tocando um Tributo ao Dream Theater com a participação especial da Cantora Michele Mara. Não, eu não vou subir no palco, mas minha ansiedade está como se fosse, talvez o que me satisfaça mesmo seja fazer a coisa acontecer, ajudar a pensar nos pequenos e nos grandes detalhes e no dia do evento despejar ordens para todos os lados (não é segredo que eu gosto de mandar!)



Mas o que percebi hoje, foi como as sensações que tenho quando estou ansiosa são as mesmas de quando sinto desejos que preciiiiiiiiiisam ser atendidos... se é que me entendem... quase que como a paixão! Claro, ambos são ansiedade, mas os focos completamente distantes com a mesma sensação da angústia e da vontade faz com que se pareçam ainda mais! É como se cada passo a frente e cada sopro de ar que entra e sai a mais de minhas células gerassem calafrios intermitentes que se misturam com a sensação do proibido, do poder, da supremacia de alguma parte de mim! É incrivelmente saboroso o "ver acontecer"! Amanhã veremos de verdade, em sons, imagens e muita boa música!



Mas não é só isso, me encanta... ontem escrevi assim:


"Haja paciência! Já viu uma sagitariana paciente? Pois então, não sou! Sou toda intensidade, vontade, pressa e é nesse ritmo que também sempre seguiram minhas relações, podendo terminar antes mesmo de começar tal qual a chama da paixão que se acende em labaredas e se apaga rapidamente não deixando nada mais que brasa morta... Nesses últimos tempos é que ando mais calma, mais pelo cansaço da rotina do que pela paciência propriamente dita, mas priorizar o bem estar diário no trabalho e realizar minhas tarefas com esmero, talvez isso seja a verdadeira maturescência que tanto meu pai reclamou que me faltava, eu estou crescendo... minha adolescência vai se aproximando do fim..."



Do fim? Vai nada... hahaha... me olho hoje com foguete nos pés, querendo ir de um lado pro outro... esses momentos sensatos, calmos, cansados... duram pouco... e quer saber? Ainda bem... Acho que nem importa se o tempo passa, se eu amaduresço... eu sou assim... e assim como me satisfaz o desejo me satisfaz a ansiedade do aguardar por algo novo, algo lindo, algo bom! Que me faz cada vez mais segura de mim em cada realização pessoal! O querer é poder nesse caso, tão certo como a lei da atração diz que deve ser... o desejar e o realizar obrigatoriamente andam lado a lado! Assim tem sido!



E se você pensa que pessoalmente as coisas não andam exatamente como você quer, começa por aí, anda tendo os pensamentos errados! Não dá pra mudar o mundo, fato que existem muitas coisas erradas... mas ao que se trata do nosso íntimo e de atingir nossos próprios objetivos, basta dar o primeiro pequeno passo para alterar nossa esfera de convivência para que seja um grande passo para a humanidade! Anseie, deseje, realize!