A dor do parto é sempre terrível, e essa não é a hora em que termino com a piadinha: "mas eu tenho que partir"! Definitivamente graça não é o objetivo desta história!
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Ocorre que a época que antecede o dia 26 de Novembro nunca me é tão agradável quanto eu gostaria. Embora este ano o famoso inferno astral não tenha sido constante nem durado 30 dias, ainda assim me afunda em reflexões, devaneios e pensamentos filosofais acerca da minha vida, dos outros que me cercam, do lugar onde vivo, dos meus anseios, das minhas loucuras... enfim!
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Hoje acordei com a diária vontade de não abandonar meu edredon gosma e meus quatro travesseiros... longe do meu ventiladorzinho querido o monstro do calor dominava os corpos e isso não é tão agradável quando se está longe da ilha da magia. Por sorte não precisaria ir pra faculdade, mas a academia, a qual abandonei desde sexta-feira passada estava lá a gritar meu nome. Lá vou eu... luvinhas anti-calo em punho, garrafinha de água (desamassada) na mochilinha, duas piranhas (para prender o macarrão com óleo que habitava minha cabeça hoje cedo)... OK, vamos lá!
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O percurso de mais ou menos 7 quadras até lá seria imensamente mais agradável se não existisse um ser abominável denominado "homem ponta-grossense"... e olha que neste caso a "ponta-grossa" nem é fator positivo... Como se não bastasse olharem pra minha bunda como se fosse um Whopper Duplo com Queijo ainda são necessárias as grandiosamente imbecis cantadas baratas!
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Superei! E nada que super-séries de bíceps, tríceps, costas, ombro e abdominais não descarreguem! Dois dias de academia em uma manhã como se fossem compensar o pastel de queijo e o potinho de morangos com chocolate branco que comi ontem... tudo bem... gosto de acreditar que as calorias viram músculos e logo serei a Mulher-Maravilha!
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Passada 11h da manhã, hora de largar os pesos, passar no supermercado, comprar uma alfacinha... no restaurantezinho ao lado compro feijão pronto, mais algumas variedades de salada e franguinhos a milaneza (Só de vez em quando!)... o arroz supostamente estaria pronto em casa... mas não estava, tudo bem... Nossa moradora provisória se encarregou de fazê-lo saborosamente enquanto eu tomava banho e me livrava do tal monstro do calor... que a essa hora já tinha me transformado em geléia! Almocinho gostoso com companhias agradáveis que graças aos deuses permanecem perto de mim!
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O dia ainda não acabou, ainda me resta caminhar mais muitas quadras até o escritório, chegar e dar de cara com muitos erros e abacaxis para resolver... O telefone toca e logo em seguida o celular... este sim agradavelmente de longe já manifesta em mim certa paz... mas não era só isso e logo me desagradam as notícias... ok... vida segue e eu de volta ao maldito e-proc!
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É... me pergunto: Qual é o problema Ana Terra? Essas coisas acontecem todos os dias... onde está sua força de viver? Sua manha de driblar esses contra-tempos diários? Pois é! Hoje me dei ao luxo de adotar o extremo mau-humor, não pelos outros mas por mim mesma! Hoje me garanti o direito fundamental de não querer fazer nada e entrar de cabeça nessa bola de neve que são os maus acontecimentos. Não por que a minha vida é muito ruim... claro que não... mas justamente por que eu não tenho do que reclamar... e quando reclamo me vem aquele peso de tantas pessoas que sofrem mais do que eu!
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Nesse meu pré-nascimento me dei o direito de reclamar...
Segunda-feira... dia eternamente fatídico, pois embora não seja teoricamente o primeiro dia da semana é na prática o dia de recomeçar... retomar a rotina, retomar as responsabilidades, recomeçar a pensar na vida...
