segunda-feira, 30 de maio de 2011

O frio e os ossos!



Hoje Curitiba acordou em um frio de rachar os ossos e é verdadeiramente assim que me sinto, com os ossos em pedaços, com os músculos doloridos como se as células também estivessem congeladas... Embora o domingo tenha sido apenas sonolência com intervalos apenas para o xixi e para encher a pancinha, os dois dias anteriores, assim como a semana em si, também foram de muito trabalho... sexta depois de sair do escritório fui em dois shoppings distribuir pelas lojas flyers do show Tributo ao Dream Theater que será apresentado por Seven Side Diamond no dia 03/06/2011, próxima sexta-feira, com participação especial da cantora Michele Mara, que para quem não sabe foi vencedora do concurso de melhor imitadora do país, imitando Aretha Franklin... DE-MAIS!



No sábado o dia começou mais cedo do que eu queria para um sábado e mais tarde do que deveria para quem tinha hora marcada para chegar do outro lado da cidade, lá fui eu, de mochilinha nas costas, de taxi (o atraso não me deu outra escolha), ouvindo um programa na rádio CBN que falava sobre a opção que as pessoas tem na vida e de como depende apenas delas mesmas tomar iniciativa para mudar suas histórias. O empenho de divulga que fui fazer começou as 13h e terminou as sete, foi bem de leve no início e derepente me vi em meio a 10 mil pessoas tentando fazer com que pegassem flyers de festas que nem eu iria!






O peso nos braços daqueles milhares de papéis que tive que carregar acabou deixando dores e um leve início de mal humor... tudo bem, fui ao encontro de pessoas legais que me abraçaram e sorriram de forma como se a minha chegada mudasse tudo... e mudou, me deu vontade de aproveitar a festa... até o termometro baixar tanto e a neblina cegar os olhos de forma que não havia mais música que agradasse ou abraço que confortasse... ooooo frio desgraçado... e me vieram pensamentos de que talvez aquele programa de rádio que o taxista escutava quisesse e devesse me dizer alguma coisa.




A conclusão: Defiitivamente, essas festas gigantes com pessoas amontoadas, bares lotados, filas intermináveis, seres irreconhecíveis cheios de alucinógenos e anfetaminas na cabeça, seguranças mal educados, sem lugares para descanso, banheiros hiper-nojentos e sons que parecem mais barulho do que música... isso não é mais pra mim! Acho que estou ficando velha, ou então realmente as festas antes ditas alternativas hoje não passam de aglomerados de pessoas que não sabem nem sequer por que estão ali, enlouquecidas em suas loucuras sem preocupação alguma com o que nos preocupavamos antes, que era o cuidar da natureza, o harmonizar-se com os outros seres, o respeito recíproco, a amizade verdadeira... há muito que não faço amigos nessas festas, há muito que vou embora com a impressão que foi apenas dinheiro jogado fora e que nada me acrescentou!



É hora mesmo de mudar de novo... de frequentar outros ares, de ouvir a música que gosto em casa, de usar mais minhas cobertas e assistir mais filmes... de ir mais ao cinema, de ler bons livros, de comer mais pipoca com brigadeiro, tomar chocolate quente, de reunir mais as amigas... de cozinhar mais e de viajar mais! Aaa... sim... essa é a hora de arranjar um edredon de orelha, de passear de mãos dadas e se aquecer com abraços! Talvez pra isso o inverno destruidor de ossos curitibano valha a pena... mas com certeza não serve para ficar na rua, em campo aberto, em meio a neblina e a rostos desfigurados, ouvindo zumbidos e observando sorrisos fechados! Que nesse inverno tenhamos piedade dos nossos ossinhos... por que o frio promete!





Imagens: Internet.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Sorrir faz bem!



Que stress envelhece, embranquece os cabelos e adianta as rugas a gente já sabe... mas fora tudo isso, stress, mágoa e rancor deixam você feio, independente de quantas horas gaste levantando peso e dando pulinhos na academia, independente da quantidade de botóx, luz pulsada ou injeções de seja-lá-o-que-for que você enfie na sua cara... independente das lipoaspirações, lipoesculturas e lipo-qualquer-coisa... Não me importa se você nasceu Angelina ou Brad, se no dia a dia você não consegue sorrir, ve defeito em tudo, não enxerga o lado bom das coisas e vive com aquela cara carrancuda, pra mim voce será sempre a mais feia das criaturas!






Hoje fiquei pensando nisso, almocei em um restaurante com parede de vidro e me sentei em um lugar que dava pra enxergar de perto quem passava, o Beirute estava ótimo, mas o visual do espetáculo por detrás do vidro me causou uma angústia sem tamanho. Aquele vai e vem de corpos sem vida, abandonados ao próprio azar, sem luz, sem ânimo nenhum em viver, realizando suas tarefas mecânicamente, sem esperança ou expectativa de mudança, de melhora ou de crescimento. A rotina, provavelmente é sempre a mesma e eu me pergunto como conseguem seguir em frente.






Sei que parte dessa miséria humana e da falta de educação que tanto reclamo por aqui é fruto dessa política podre em que vivemos, desse sistema capitalista escroto que nos faz ser apenas amebas consumidoras envolvidas em uma atmosfera de desconfiança e competição. Mas também sei que podemos sair das estatísticas... Por mais consumidora que eu seja, por mais futil que seja minha necessidade de fazer as unhas, comprar sapatos, trocar de bolsa... ainda assim eu sei a que vim ao mundo... sei que é preciso ser mais que isso e talvez essa esperança de evolução é que faz acender minha luz!




A vida é difícil, ninguém disse que não... ninguém disse que não apareceriam obstáculos, que não nos indignariamos com as injustiças... normal que muitas vezes fiquemos desanimados com as batalhas perdidas... a diferença, entre quem tem luz e quem não tem, é a forma com que se encaram as coisas... voce pode escolher fugir ou se esconder e acabará com depressão perdido em seus próprios medos...pode escolher participar do sistema e se vender para obter vantagens e acabar careca, pançudo e me causando náuseas de tanto nojo da sua figura ridícula... pode escolher xingar a mãe do Papa, da presidente, do dono da Companhia Aérea, da telefonista e gastar todo seu precioso tempo praguejando, com razão, mas sem fazer diferença alguma no funcionamento social do país ou do mundo...






Ou, a melhor das hipóteses, você pode escolher se indignar, fazer algo para mudar, fazer realmente diferença, ser gentil, agradecer pelas coisas boas que te acontecem, ser generoso com aqueles que te ajudam, ser carinhoso com aqueles que te querem bem... e o mais importante: pensar positivo! Você pode achar bobagem essa história de Lei da atração, mas depois da Lei da gravidade, não há nada tão correto quanto o fato de que sentimentos bons geram bons acontecimentos e que sentimentos ruins trazem péssimo presságio.






Aquela história de acordar com o pé esquerdo faz todo sentido... uma topada com o dedão na beirada da cama, faz você xingar a mãe, faz você perder o ônibus, torcer o pé enquanto corre e chega atrasado no trabalho, o chefe vai te dar uma carcada, você vai ficar irritado, não vai trabalhar direito e não vai querer nada mais do que se enfiar dentro das suas cobertas e pensar como o mundo é injusto. Agora se depois da topada, você der um berro pra desabafar, respirar e rapidamente retomar seus atos em suas mãos, pensando como é bom acordar e estar vivo agradecendo por tudo de bom que você tem... voce pode até chegar atrasado, mas pedirá desculpas ao chefe por isso, não acontecerá de novo, vai fazer seu trabalho com todo empenho que uma pessoa de bem com a vida faria... e no fim da tarde, quem sabe você saia para tomar uma cervejinha e comemorar as vitórias daquele dia.








Não importa o quanto a vida te parece ruim naquele dia... se você acreditar de verdade que as coisas vão melhorar, incoscientemente seus atos o encaminharão pra isso, seus olhos se abrirão para portas abertas que antes você não enxergava, as pessoas não vão mais ter receio de se aproximar e boas oportunidadades irão surgir por essas novas relações... eu sei, que o mundo não é perfeito e que nem sempre a gente quer ser sociável, reserve-se o direito de ficar assim as vezes, mas de forma alguma faça disso uma rotina... e lembre-se, a nossa realidade é a gente quem cria, por isso, SORRIA!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O frio e a frieza!


Ontem o dia já amanheceu de bater os dentes e de sair fumacinha das ventas. O relógio despertou meia hora mais cedo, como de costume, para me dar o prazer de dormir mais meia horinha. Porém, hoje, essa meia hora pareceu um milésimo de segundo... e com mais dois sonecas no celular, pronto, eu já estava atrasada... banho, roupa, mais roupa, cachecol, mais roupa, meia, bota de neve, comida pros cachorros, um copo d'água e lá fui eu, correndo com a deambulação de um pinguim, pegar o ônibus... por sorte não o perdi.

Aquilo tudo já me indignou, fui de pé, mas mais ou menos 20 velhinhos também foram... o ônibus é daqueles pequenininho, e ainda por cima na parte da frente do ônibus tem apenas um banco de cada lado... pra sobrar mais espaço pras pessoas irem de pé, espremidas esticadinhas em pé uma do lado da outra cabe mais gente, mais dinheiro pra empresa de ônibus... R$2,50 X 50 sardinhas em lata em cada ônibus deve dar um bom lucro! De qualquer forma cheguei ao trabalho.

Em frente a entrada do prédio onde trabalho tem uma banquinha de frutas, ela ainda não estava montada quando cheguei, mas os morangos, recem chegados, vermelhinhos estavam ali, nas caixinhas de madeira, perguntei, "1 por R$3 e dois por R$5"... levei dois! Eles estavam tão doces, mas tão doces que comi quase uma das caixas inteira e até esqueci dos contratempos matinais.

No almoço me esbaldei de comida mineira em um restaurante aqui perto do escritório. Era um arroz com alho incrível, bobó de camarão, bananinha a milaneza, bolinho de chuva, pão de queijo, batatinha, salada de Alface, tomate, manjericão e mussarela de Búfala, pra completar um suco de laranja.

Bom, o intuito desse texto nem era contar a quantidade de comida que ingeri desde que o dia começou... mas de algum jeito eu tinha que explicar pra voces como cheguei na Justiça Federal de extremo bom humor e afinal, comer bem é algo que me deixa incrivelmente satisfeita, bom seria se comer não trouxesse nenhum efeito colateral e nesse caso o efeito é plenamente notado na frente do espelho.


Chegando a Justiça Federal, com meu incrível bom humor alimentício, dei boa tarde para o segurança que me esperava do outro lado da grossa porta de vidro, ele me respondeu com um aceno de cabeça sério. OK. Entrei no elevador... uns andares pra cima ele parou e entrou uma mulher de boa aparência com um papel na mão... ela nada falou, eu dei boa tarde, ele abaixou a cabeça lendo o papel que carregava nas mãos. OK. O elevador parou no meu andar e eu gentilmente no ouvido da mulher: "BOA TARDE PRA SENHORA!"... falei bem mais alto dessa vez, mas acho que ela realmente surda, por que além do pulo que deu quando gritei, ela continuou sem me responder.

Lá estava eu pela primeira vez na secretaria do 1° Juizado Especial Federal Previdenciário, pra entregar um processo com petição para protocolar, a menina que me atendeu, como as criaturas anteriores, não respondeu ao meu Boa tarde e foi protocolar a cópia da minha petição pra me devolver, mas voces sabem que eu sou insistente... BOA TARDE... disse eu, "..." ela disse, "esse é o processo?", eu fiz que sim, "só um instante"...ela disse indo pra trás de uma estante que separava a área de atendimento da área secreta dos funcionários mal-humorados... a moça voltou com mais uma, com o processo e minha petição original na mão, se sentou em sua mesa em frente o balcão e esqueceu que eu existia... ficaram conversando...

Eu esperei (frize-se que ela havia dito "só um instante!")... e eu esperei... aí esperei... e esperei... tá, não esperei tanto assim, afinal, ninguém tinha me desejado de fato uma boa tarde e eu já não estava mais tão bem humorada... "Moça, tá tudo certo aí?"... e ela: "Sim"... com uma cara de quem diz:"é óbvio, o que voce está fazendo aí? Vaza!"... OK!!! Fui embora... voltei ao escritório, me deu uma vontade louca de desabafar... e no meio desse texto, a energia elétrica acabou... ainda bem que notebook tem vida própria e eu pude contar tudo isso com a mente fresca dos acontecimentos.

O caso é: Já não basta esse clima frio do inverno europeu curitibano? Será que as pessoas não podem ser calorosas umas com as outras e ser ao menos educadas? Eu não quero casar com voces, não quero beijá-los na boca, não quero ser sua melhor amiga, não vou roubá-lo, atacá-lo, chorar minhas pitangas, passar meus germes ou coisa assim... eu apenas estou dando Boa dia, Boa tarde, Boa noite... apenas estou tentando civilizar relações triviais, um contato com outros seres humanos que voces não podem evitar!


Eu, os velhinhos que vão de pé no ônibus (e ainda assim me dão bom dia) e as outras pessoas educadas, não tem culpa se suas vidas são uma merda e que voces não conseguem torná-la melhor! Muito dessa falta de melhora é por que voces, mal-educados, esquecem que gentileza gera gentileza e que é isso que torna a vida melhor... GENTILEZA! Por que é a nossa relação com o mundo que determina aonde vamos estar, se vamos estar por baixo... ignorando gestos gentis e abominando nosso próprio dia a dia, ou se vamos estar por cima, sorrindo independente da falta de gentileza alheia, sendo feliz e comendo morangos!



Eu, neste momento, estou indo comer morangos!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Eu, você, ele, ela... nós!


Senhoras e senhores, mais uma vez em foco, as relações humanas...

Dois dias atrás, a tarde no escritório, lendo o jornal Folha de São Paulo, me deparei com a coluna da antropóloga Mirian Goldenberg, no caderno Equilíbrio e Saúde. A matéria do dia narrava os fatos de uma pesquisa que visava descobrir o que, em suas próprias opiniões, faltava nos relacionamentos entre homens e mulheres contemporâneos. Acabei lançando o Link da matéria no Facebook, com a reprodução do seguinte trecho:

“Um engenheiro de 54 anos disse: É impossível que um homem só consiga dar tudo que uma mulher quer e precisa, o ideal seria que cada mulher tivesse pelo menos três homens, um que lhe forneça sexo gostoso, outro que lhe faça carinho e outro para ver filmes inteligentes e discutir política...seria perfeito ainda se ela tivesse um quarto homem cheio da grana para pagar os restaurantes requintados e as viagens, e, um quinto que lhe fizesse dar risada o tempo todo...”

No próprio Facebook o tema já causou polêmica, tiveram homens, solteiros, que aproveitaram para demonstrar sua insatisfação acerca das mulheres modernas que estão tão preocupadas com suas carreiras de sucesso e escondidas em seus invólucros defensivos, a ponto que não se satisfazem com nada menos que príncipes encantados e acabam por ignorar os “caras responsa” que pairam anônimos no mundo real. Outros homens, também solteiros, acabaram por concordar com o engenheiro e aderir a causa da poligamia feminina.

Hoje, ao chegar na faculdade, o assunto veio a tona novamente, dessa vez os partícipes eram homens casados e trataram de dar os seus pitacos, completamente diferentes da opinião dos homens solteiros. Para eles, o fato é que eles, homens, sabem muito mais dos que as mulheres como equilibrar uma balança. Significa que apesar de nenhum deles alegar ter a mulher perfeita, eles se contentam com as suas por elas possuírem, não todas, mas quase todas as qualidades que esperam de uma mulher.



Relato de um deles: “É bom lembrar que o que tem dentro da balança nem sempre tem o mesmo peso, uma hora valoramos mais uma coisa, outras valoramos mais algo diferente do que era. Foi assim na vez que me separei e voltei; valorizei algo naquela outra mulher, que não era a minha, quando ela passou a ser pesou bem mais pro lado ruim do que pro lado bom... no fim das contas, a balança da minha verdadeira mulher era a mais equilibrada e a que me favorecia mais... voltei pra ela!”. O outro homem casado concordou, também já tinha acontecido com ele. Ambos garantem que suas esposas os perdoaram e estão felizes e satisfeitas.

Afinal, o que falta nas relações atuais? Ou ainda, o que falta nos seres-humanos para que não se encontrem mais casamentos duradouros felizes? Ou então, será que algum dia na história foi comum que casamentos durassem mais de dez anos sem que uma das partes estivesse totalmente insatisfeita e deprimida? Será que as separações e divórcios estão mais constantes por que crescem proporcionalmente as libertações principiológicas sociais e a real vontade de separar-se existiu desde sempre? Ou está realmente mais difícil ser feliz ao lado de outrem pelo aumento expressivo do egoísmo e da dificuldade de se doar e ceder? Será que é tão obrigatório assim ceder, ou para cada um tem mesmo a outra metade de sua laranja perdida pelo mundo, que lhe queira exatamente do jeito que é, e só quando a encontrar poderá ficar com uma única pessoa, feliz e satisfeito de fato?

Eu não sei responder a todas essas perguntas! Sei, que obrigatoriamente o ser-humano precisa do outro. Nós vivemos em sociedade, só não fica muito claro pra mim se a relação marital deve ocorrer entre apenas duas pessoas... Vocês sabiam que pouquíssimas espécies no mundo animal são monogâmicas? Por que o ser-humano haveria de ser originalmente uma delas?




Sei lá... a possessividade está encravada em nós, a necessidade de TER o outro só pra gente... sei lá... Não digo que viviria com mais de uma pessoa e que essa seja a alternativa para o sucesso matrimonial... Mas conheço, muitos e muitos casais que vivem felizes dessa forma, pois há sinceridade e todos os envolvidos concordam com a situação que ali se instala. Antes isso do que uma vida de casamentos tradicionais com direito a traições e mentiras.

Aaah... eu sonho sim com o príncipe encantado, talvez eu me enquadre entre as mulheres voltadas ao sucesso profissional sonhando com o homem perfeito... mas o que posso dizer em minha defesa é que o seguro morreu de velho... Quantas e quantas vezes achei que aquele era o “cara responsa” e na verdade ele se mostrou mais infantil que meu irmão (que ainda é um pré-adolescente), mais cabeça-dura e retrógado que meu pai (que já está chegando nos 50), mais machista que minha vó (que acha que mulher é pra ficar na cozinha), mais mentiroso que político com o rabo preso, mais inseguro que cachorrinho abandonado, mais sujo que pau de galinheiro e mais carente do que eu!

Desse jeito fica impossível manter uma relação! Já me disseram que mulheres como eu intimidam os caras... Mas pense nisso, se nós mulheres, evoluímos, crescemos, buscamos a nossa independência... Por que os homens não evoluíram com a gente? Por que não mantiveram o lado bom do cavalheirismo (que era o melhor dos tempos antigos) e não se modernizaram? É a era da tecnologia digital, da novidade cibernética, da informação... Por que os cérebros masculinos haviam de permanecer mecânicos?



Oooo céus, não os estou desdenhando, pelo contrário, me faria a mulher mais feliz do mundo o homem que se apresentasse a mim, cheiroso, bom amante, bem vestido, com boas energias, dizendo que me ama, que quer viajar os cinco continentes, que gosta de natureza, que só ouve boa música, que trabalha, que quer ter filhos... basta reler o post de alguns meses atrás no qual descrevo meu homem ideal... não é tão difícil assim achar este homem... mas é essencial que seja sincero... e é isso que está difícil de encontrar, tanto nos homens quanto nas mulheres... a tão necessária sinceridade!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O tempo e o FAZER!



Quando parece que não tem nada mais a ser feito, o melhor que temos a fazer é: FAZER! Sim, se aquilo que pensamos ser o foco deixa de se fazer importante, que possamos dar importância aquilo que realmente merece e que pode nos gerar bons frutos. Sempre falo aqui dos bons frutos né? Das recompensas... não que a vida deva se fixar nisso, mas se uma tarefa não deixa em nós ao menos a satisfação de te-la feito então por que realizá-la? A satisfação é o próprio fruto!



Ocupo meu tempo com horas de trabalho no escritório, com produções de shows (logo falo sobre isso aqui), com a faculdade que apesar de ser noturna requer certo tempo extra diário... ocupo meu tempo com o que ele deve ser ocupado, e não é a toa... a vida anda a passos largos, é fácil ser deixado pra trás e esse com certeza não é o meu objetivo!



Eu, definitivamente não tenho tempo pra ilusões, não tenho tempo pra mentiras e não tenho tempo pra essas pessoas que se alimentam da infelicidade alheia... definitivamente não tenho paciência para fofocas, suposições infundadas, inveja ou para me preocupar com falso desdém... Eu não tenho disposição para me preocupar com algo fora de meu alcance, afinal como já disse aqui e como diria Bial em um certo texto acerca de filtro solar: "pré-ocupação é tão eficaz quanto mascar chiclete para resolver uma equação de algebra"...Eu com certeza não vou usar meu precioso chiclete, que tanto gosto, pra isso!



Ainda se há algo mais a ser dito: "...não seja leviano com o coração dos outros e não ature gente de coração leviano..." E fim... o resto se ajeita né? Basta FAZER e ocupar o tempo!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

A HORA É AGORA!



Nessa minha pressa adolescente sempre ouvi minha mãe falar que tem tempo pra tudo na vida. Embora eu nunca tenha dado muito bola pra isso e tenha corrido atrás da vida mais do que ela de mim, hoje entendo o que ela queria dizer... mas sei também que se eu não tivesse corrido atrás da vida esse momento atual talvez nunca tivesse chego.


É esse tal de inconformismo que toma conta de mim... a tal necessidade de movimento a qual me referi no post anterior. Este momento da minha vida hoje é explicitamente para isso: Movimento! E não basta que na minha cadeira no escritório o telefone toque sem parar, que a porta abra e feche o dia inteiro e que o msn pisque incessantemente... não basta que na faculdade seja um trabalho atrás do outro, conhecendo pessoas novas todos os dias (já que faço matéria em trezentas salas e nunca vejo todo mundo)... Não bastam dois telefones celular, uma casa nova, móveis para encher de roupas e agora dois cachorrinhos (siiimm, vou ser babá de dois doguinhos fofinhos)!!!



Não basta... minha avó chamaria isso de fogo na bunda! E talvez esse seja o nome certo mesmo... sem maliciar, a idéia é mesmo a de não conseguir ficar com a bunda na cadeira, não conseguir ficar fazendo a mesma coisa muito tempo se eu perceber que não gerará bons frutos... é essa vontade de viajar, de tomar atitudes inusitadas... "quero fazer eu faço, quero ir eu vou, quero pular eu pulo..."... é isso mesmo... vontade de voar! De ir! De fazer!



Abri meu horóscopo hoje (recebo por e-mail) e lá estava lá o meu momento: "Sol na casa 10, lua na casa 11, Os dias entre 05/05 (Hoje) e 07/05 são marcados por uma forte concentração de sua parte no tocante aos seus projetos pessoais. Você estará pensando mais no seu futuro, realizando planejamentos objetivos e se conectando às pessoas certas que lhe possibilitarão abertura de portas. Aproveite este ciclo e não pare pra descansar! Mantenha o passo, ainda que pessoas ou coisas insistam em lhe distrair "


Hahaha... entenderam? AGORA É A HORA! Objetivos, movimento, em frente!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Olha o trem!

Casa nova! Amanheci, café pronto, o ônibus passa a menos de 50 metros da porta. Caminhei com calma, adentrei as portas de um ônibus amarelo, sem cobrador (apenas com o motorista fazendo os dois papeis) e estava ali um lugar vazio a me esperar. Do outro lado do ônibus, uns dois bancos pra frente, colado nas costas do motorista, estava um menininho que deveria ter seus 6 ou 7 anos... o ônibus passou rente ao trilho e lá estava ele passando, o trem, "ALL" com seus inúmeros vagões de carga... "Olha o trem mãe, olha, olha o trem que grande, nunca acaba!!!" exclamava o menino, encantado com aquele gigante de ferro.



Há algo de mágico nos trens. Ainda que aquele que passou pelo menino não fosse o mais bonito, nem o mais brilhante, nem o mais limpo deles... ainda que os vagões passassem carregados de grãos, carvão, madeira ou quaisquer outros simples objetos inanimados... um trem por si só já significa movimento, significa que algo ali veio de longe e já trilhou caminhos que só os trens e seus vagões trilham... Um trem, metaforicamente, sempre carrega os sonhos, lembranças daqueles que vinham de lá cheio deles buscar a vida nas cidades, ou dos que iam pra lá, fugindo das guerras e deixando para trás vidas inteiras, com a esperança de que sobreviveriam.

Um trem, mesmo que sujo, velho e amassado , a contrasenso do contrasenso brasileiro de usar os trens cada vez menos, continua a ser o meio mais barato de transportar cargas, o mais seguro de transportar riquezas, visto que é díficil parar um trem para assaltá-lo... e o principal, continua a ser o meio mais poético e romântico para viajar e conhecer lugares! Pense quantas metáforas podem ser criadas com um trem... pense quantas coisas um trem significa!




Eu já viajei de trem! Não foi uma viajem longa e poderia ter sido facilmente feita de carro, mas fomos de trem, eu, alguns professores e mais uns 70 alunos da Escola da Ilha, pegamos na estação em curitiba o trem rumo a Morretes... paisagens incríveis... tinha horas que o trem parecia estar voando, que se olhava pela janela e eram apenas vales, árvores, cachoeiras... apenas? Não... aquilo era tudo que poderia estar ali! Eu tinha 12 ou 13 anos, namorava escondido, usava uma calça toda rabiscada, uma jaqueta para espantar o frio, um gorro de lã, óculos de sol e abraçava um gorila preto de pelúcia! Foi a primeira e única vez em que andei de trem!






Hoje, no ônibus, a exaltação daquele menino ao ver o trem me fez atiçar a nostalgia, uma vontade de reviver, relembrar... talvez logo mais eu volte a morretes, coma um barreado, uns bolinhos de bacalhau (o melhor de que tenho lembrança)... e de lá siga a Paranaguá pra finalmente embarcar a Ilha do Mel... faz alguns anos que me ensaio para visitar a Ilha, algo sempre me impede... dessa vez irei... e será logo! Está decidido... uma pousadinha a beira-mar, bons livros, dias de sol e vento frio pra eu ficar enrolada num edredom olhando o mar viajando em palavras bonitas... e se ninguém for, irei eu e meu gorila preto de pelúcia!



PAZ e LUZ!!!