quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Frustração!



Peguei uma gripe danada, dessas que não deixam a gente sentir o gosto de quase nada... acho que o corpo esfriou depois dessa temporada de grandes esforços e expectativas e acabei sucumbindo... mas tudo bem, foi um dia de cama e já estou, firme, forte, tossindo sentada novamente.

Em uma tentativa de saborear fico querendo abusar dos suuuuper salgados e dos suuuuuuper doces, por que o intermediário pra mim, neste momento, tem sempre o mesmo gosto de saliva comestível... Eca! Não sentir o gosto das coisas, pra alguém que gosta tanto de comer como eu, é realmente uma tortura, mas vamos manter o foco.

Poxa... a vontade real era de me atracar em uma barra de chocolate! Ao invés disso, respirei fundo, e segurando os extintos de embarcar no elevador e cair dentro da Copenhagen, me dirigi à geladeira do escritório e peguei firmemente aquela laranja redonda e amarela que lá estava.

Fui dizendo pra mim mesma: "Isso é um chocolate, isso é um chocolate"... e em seguida, descascando sobre um pratinho branco, daqueles iguais aos de café colonial, cheios de bolos, tortas, doces, salgados gostosos... Huummm... (FOCO!) continuei me dizendo: "Laranja não engorda, laranja não engorda!"... Pois bem, foi aparecendo aquela parte inteira branquinha... fui brincando de não deixar aparecer os gomos, passando a faca lentamente...

Enfim... cortei a tampinha/bundinha (como preferir chamar)... e dei de cara com aquela laranja marrom! MARROM??? Não existe frustração maior do que tentar superar as próprias gulas e dar de cara com uma laranja estragada! É como estar a beira do precipício, superar a covardia diante da vida, decidir finalmente não se jogar, mas acabar tropeçando e caindo de cabeça na pedra lá embaixo... uma "puta falta de sacanagem"!

Essa laranja podre vai acabar me empurrando pra uma barra de chocolate...

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Gostinho bom de vitória!


A noite de ontem foi de expectativa, o sono não vinha de jeito nenhum e a manhã então... quem dera ter acordado só depois das 11:00h e ter me poupado dessa loucura concurseira de bacharéis nas redes sociais em desespero. Brotavam notícias novas a cada segundo e que levavam a todas as conclusões, menos à que interessava: estaria eu aprovada? Iria eu enfrentar mais um período de angústia a espera de um recurso em face da decisão da OAB de me reprovar?

Os sites da FGV, da OAB Federal, das seccionais e do Blog Exame de Ordem estavam todos interditados, ora atualizava, ora não e haja F5 e coração para conseguir passar por isso. Ademais, na hora da divulgação da lista, algum energúmeno adicionou o arquivo errado e ficamos todos nós, examinandos do VIII exame de ordem a nos descabelar frente a lista de aprovados do VII exame... óbvio que nossos nomes não estariam lá, foi uma desgraceira total...!

Até que veio o link correto... que se abriu rapidamente como um milagre... e estava lá! Meu nome completo! Uma luz se abriu, o peso saiu e eu fiquei extasiada e atrapalhada de alegria... Eu sempre gostei de vitórias... afinal, sempre me dei bem com elas (e quem não se dá?)... o que não me cai bem é essa tal de derrota, com ares de impotência que nos agarra pelos calcanhares, escala pelas pernas e se instala como um elefante de 200kg sobre nossas cabeças... mas hoje não... hoje é dia de v-i-t-ó-r-i-a!!!

Essa que em especial tem um gostinho diferente de tudo que já experimentei. A conquista de hoje, foi fruto de uma batalha árdua pela qual eu nunca mais terei de passar. Entre mortos e feridos, sobreviveram todos, uns na esperança de um recurso, outros na certeza da derrota e alguns sortudos, como eu, na alegria da vitória e devendo um caminhão de chocolates para os meus queridos professores do Curso Prof. Luiz Carlos!

Já estamos no dia 08 de novembro... faltam 18 dias para a meta final do emagrecimento (aquele que me prometi alguns posts atrás)... gordura perdida? Quase 3Kg, nem a metade do que eu esperava... mas o que é bom mesmo e me deixou leve, foi o peso da responsabilidade que me pulou das costas deixando essa sensação de dever cumprido. Bem melhor do que perder gordura é perder o peso da consciência...

Se eu me pesasse hoje... vocês veriam que na realidade eu atingi o meu objetivo! Por que hoje eu sou uma vitoriosa! Parabéns à todos nós aprovado no VIII exame de ordem unificado da OAB! Quem venham outras batalhas! \o/

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Lembranças que trazem outras lembranças...

Tirei esse feriado pra mim...


Depois de um dia de sol e calor, as nuvens se fecham no céu curitibano... e os primeiros pingos gordos de chuva, como uma prévia da enxurrada que está por vir, coincidem, é claro, com os meus primeiros passos na calçada. Mas eu não apresso o passo, vou calmamente saboreando o cheiro do asfalto molhado que tanto sempre me lembra Ribeirão Preto... Essa lembrança é uma dessas correlações automáticas que o cérebro faz...

Cheiro de asfalto molhado me lembra Ribeirão Preto com suas tradicionais chuvas de verão. Chuvas gordas daquelas de pingos largos que sozinhos enchem o copo d'água... lá em Ribeirão, na minha infância saudosa, tarde sim e outra também, durante as férias, eu acabava pegando vários na cabeça correndo de volta pra casa da minha vó, depois de uma tarde jogando taco na rua. Lembrança é um troço engraçado... é algo só nosso e tão particular que as vezes nem eu mesma entendo essas relações que faço entre cheiros, coisas e pessoas.


Pitanga por exemplo... me lembra sempre a Mari, minha meia irmã, em um dia que eu e ela fizemos um teatrinho, como muitos do que a gente gostava de fazer... mas dessa vez, não entendemos o por quê, ninguém gostou muito do enredo... eu era a irmã malvada que batia na irmã chorona que vinha aos prantos, cheia de sangue e berrando... não se assuste, o sangue era suco das pitangas com as quais estávamos nos lambuzando antes de ter a genial ideia do teatro... fomos muito convincentes... até demais!

Se o cheiro é de comida boa misturado com cheiro de cigarro me lembra muito a Ká que morou comigo em Ponta Grossa... isso por que não raras vezes passávamos o dia envolvidas com nossas experiências culinárias, bebendo cervejinhas geladas... e fumando um cigarrinho pra relaxar. Hoje eu não fumo mais, até me incomodo com o cheiro de cigarro na maioria das situações... mas se alguém fuma na minha cozinha... é a Karina que me vem a cabeça e aí fica tudo bem... fico contaminada de saudades com boas lembranças.


E boas lembranças tem tudo a ver com coisas fofas... como ursinhos, que me lembram a minha mãe... hoje ela gosta mais de gatinhos... mas pensar em ursinho é lembrar que quando eu era pequena (menor), ela sempre contava pra todo mundo como eu era fofinha falando umas frases bobas com as bochechas apertadas pelas mãos... o famoso e fofo "Ursinho Tuti"... e isso me lembra que eu ainda hoje tenho uma vontade imensa de apertar coisas!

A vontade é tanta que eu faço uma careta e uma voz de monstrinho e fico movimentando os dedos como se a coisa em questão já estivesse em minha posse! Tem quem diga que é bizarro... mas tem que diga que é fofinho como as coisas que gosto de apertar! Pandinhas, hipopótamos, elefantinhos, koalas, gatinhos... gatinhos... que me lembram o meu Alic que eu apertava tanto quando morava comigo... que me faz lembrar as tardes que fiquei sentada no pátio do prédio em que eu morava com a minha vizinha, amiga e companheira Tati... olhando ele pular de um lado pro outro...

Lembranças que trazem outras lembranças... e tantas outras... se deixar fico aqui só a lembrar e a escrever essas coisas que talvez só façam sentido pra mim...