segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Eu? Ficando careta?

Estive eu pros lados de lá da serra por esses dias do final de semana que passou, em busca de sossego, paz, sombra e água de coco. De fato, foi um final de semana relaxante, de sol,  boas risadas e agradáveis sonecas despreocupadas. Passei horas de longas leituras, banhos de mar, braços e abraços carinhosos! Ahh, L'amour!



Já no ônibus, retornando a selva de pedra Curitiboca, um casal deveras esquisito sentado em bancos muito próximos do meu (próximos demais), alegremente enquanto se beijavam e abraçavam (e sei lá mais o que) embaixo do guarda-chuva (Guarda-chuva? Sim, abriram o guarda-chuva dentro do ônibus) escutavam, sem fones de ouvidos, seu tema de amor. Trilha sonora esta composta ora por músicas permeadas de palavrões, moças distintas se encaminhando ao baile, e batidas de um funk proibidão inconfundível, outras de um grupo de malandros lamentando os chifres levados e ainda, um romântico bailado xonxo em espanhol!

Destaca-se: SEM FONES DE OUVIDOS

Ahhh, mas aquilo foi me fervendo a paciência, o trânsito, a pseudo-música, a expectativa de que ao menos durante quatro horas eu ficaria ali sob tortura... "Com licença, ei, com licença... (consegui que saíssem debaixo do guarda-chuva) vocês poderiam desligar essa música ou colocar fones de ouvidos?" - abaixaram o som para me escutar melhor, me olharam com aquela cara de espanto e eu continuei - "Sim, desligar, nem todo mundo é obrigado a ficar ouvindo a música de vocês"... ele se envergonhou, ela se indignou e voltou a ligar a música, sob protestos do amado que envergonhado a convenceu a desligar o "MPqualquercoisa" pelo qual exalava a tenebrosa sonoridade.


Enquanto isso, nas faixas de pedestres de todo o país, reinam carros e seus condutores em cima das listras brancas em princípio reservadas para transitantes sem veículos automotores. Acima de tudo e de todos, uns e outros ainda perseguem aos seres de bem com suas caixas de som estridente voltadas para o público e não para o energúmeno que habita a caminhonete tunada. São aqueles mesmos que usam o ambiente virtual para expor suas intimidades (e as intimidades alheias), que por detrás da telinha e do teclado encarnam juízes e promotores julgando e condenando à morte social as tais "piriguetes", ou as espancadoras de cachorrinhos, ou os tele-estupradores.

Sim, eu sei, liberdade de expressão, nessa época de globalização e redes sociais todo mundo fala o que quer a hora que quer...  "a internet é um território livre!"... Não é não! A internet é tão submissa a lei de seu país (ou deveria ser) quanto os folhetins e redes de televisão (e os ônibus). O que se diz online, em público, também está sujeito a punição penal... e assim seguem percorrendo os fóruns de todo país, centenas de milhares de ações exigindo valores altos em quantias incertas por "danos morais", indenizações por quebra de patente, direitos autorais, acusações de injúrias, calúnias e difamações!



Será que sou eu que estou ficando careta? Será que os anos que me chegam vão transformando meu bom humor em carranquice suficiente para me incomodar com coisinhas a toa?  Ou será que cada vez mais falta aos ditos cidadãos o famoso bom senso? O que dirá da tão sonhada educação que outrora acreditava-se vir de berço, da escola, das experiências da vida... "Santa Madre de Dios"! Felizmente Mamazita, estou fora das estatísticas predominantes. Me utilizo de minhas próprias frases pra demonstrar o que sinto, sei ler, escrever e interpretar contos e causos. Leio jornal, tenho opinião e acompanho de perto, mas ponderando pontos de vista, as lutas cotidianas, internauta e realista.

Alegria, alegria... Segue o barco minha gente, vou cultivando a terra... A esperança de um mundo melhor é a última que morre!


quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A era do Gelo! (ou Manifesto contra a massificação das mentes)

Como bem já exposto aqui, por esta quem vos fala, já saqueis (do verbo 'sacar', entender, compreender) portanto, que meu calendário humorístico é cíclico (e ovalado), tal qual a órbita planetária. Outrora eu exaltava a alegria e a felicidade, mas, no presente momento, conforme implícito em título supracitado a época é de congelar os ovinhos de qualquer Cristão ou Ateu com essa minha intransigência justificada mas quase que Carlotiniana (Em uma alusão a Dama da Corte Portuguesa, Sra. Carlota Joaquina).

Sem mais considerações!

Também pudera, quase sempre o povo brasileiro (e o que dirá o resto da grande massa populacional mundial) tende a esticar meu fiozinho de paciência até o fim. Ainda ontem saltitavam em minha página na famosa rede social milhares de comentários acerca de um suposto estupro ao vivo em rede nacional. Pois bem, se a moça diz que não foi, por que diabos insistem que foi? Não se trata de uma donzela inocente com medo de apanhar ou de sofrer represálias por por parte de seu algoz. Muito menos sairá essa  distinta dama com os bolsos vazios deste maldito reality show. Ao certo, o que ela ganhou (em cifras altas) do Big Boss para falar o que se pede, se somará posteriormente as quantias recebidas por eternizar então em páginas impressas o que o povo não viu embaixo do edredom.

Ora pois, tenho assuntos mais interessantes para ocupar meu tempo. Factualmente, meu acesso virtual não possui tamanha ambição de querer transformar a massa internauta inculta em formadores de opinião, nem tampouco espero que entendam as metas da revolução visionária futurística que se utilizará de preceitos moralísticos e filosofais tão velhos quanto a tataravó da minha tataravó. Apenas me vejo no direito de informar que eu não quero fazer parte da grande massa emburrecente. Portanto não me venham expor algo que se eu quisesse veria 24h por dia por quantia módica em certo canal da TV paga ou de graça todas as noites.

Capa Bizarra da Revista que um dia foi inteligente e fazia matérias interessantes!

Além do mais, bem sabemos como está difícil localizar a imprensa verdadeiramente imparcial, nem Folha de São Paulo, nem New York Times, nem revista Época (Vide edição com Michel Teló na capa dizendo que ele "traduz os valores da cultura popular para os brasileiros de todas as classes")... e nem aquela revista super cult, a Bravo! Nenhuma dessas fontes noticiarias me fazem crer que algo neste mundo acontece por acaso (e aqui não estou falando de destino e sim de manipulação). Talvez, a única forma de conseguirmos alcançar a nobre verdade absoluta que tanto ambicionou Platão, seja ampliando nossos horizontes e buscando conhecimento (como já aconselhava o ET Bilú) e certamente, Facebookiar postanto opiniões manipuladas não é o melhor caminho.

Deste modo, já que sei que compreendem esta minha vontade inevitável de virar uma ostra e me fechar em meu mundinho ao ver que esse em que estamos está virando um mar morto (no sentido literal da palavra), por favor, deixem de cooperar com meu precoce suicídio mental, estimulem meus neurônios, me façam querer pensar, escrever coisas interessantes, pesquisar acerca de assuntos polêmicos que não envolvam a Rede Globo ou o FB. Leiam livros para que possam me indicar boas leituras, bons autores... me contem boas histórias, que envolvam mais que a dor animal, que a sexualidade humana, que os pecados mundanos... e por favor, podem parar de dizer que a "delícia te mata, se eu te pego", por favor?

Fim!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

E o que é ser feliz...

...se não um conjunto de reações psico-quimico-fisiológicas que nos fazem sorrir, ocasionadas por tudo aquilo que nos faz bem? Sei lá, atualmente essa equação tem me parecido simples, somo as pessoas que me fazem sentir bem à situações e locais agradáveis que me inspirem coisas boas... pronto, fácil, prático e incrivelmente duradouro, ao contrário do que reza o velho ditado de que tudo que é bom dura pouco.

Talvez por que o bom não deve vir de fora, e sim de dentro, desse conjunto de reações supracitadas que finda noite fazem perdurar as sensações de euforia, alegria, energia pulsante... naturalmente... apenas por que o coração e a mente entram em um consenso de que se têm motivos suficientes para ser feliz!

Neste caso, duradouro e particularmente pessoal, a história do sorriso constante me vinha sendo justificada pelas longas tardes ociosas e por outro lado, controversamente, cheias de compromissos com o meu bem estar e o dos que da minha felicidade fazem parte... Agora, neste jovem ano de 2012, minha alegria vem ganhando força justamente pela quantidade de conquistas decorrentes dos muitos afazeres que vão ocupando meu tempo outrora vago.

Ao que me consta, este é um ano de muita energia, de muita necessidade evolutiva... o ano do movimento e tenho certeza que neste momento quem fica parado acaba ficando pra trás. Com a Terra e os pensamentos (da Ana Terra) girando cada vez mais rápido os sonhos deixam de ser sonhos de tão pré-materializados que já estão e vão criando essa nova realidade tão minha e tão boa.

Esta que é colorida, permeada de momentos que são meus e que não abro mão, envolvem criaturas tão benéficas a criação desse meu nicho natural que me vêm forças sobrenaturais para cultivá-lo e preservá-lo com todas as suas minúcias, prestando atenção nos detalhes, por exemplo nas mensagens que vão enchendo meu celular e meu coração de amor... ou por exemplo da lembrança de um gatinho peludo (de quatro patas) ronronando e rodeando minhas pernas enquanto cozinho... ou então quando nos permitimos transformar em outras personagens senão as nossas habituais apenas para divertir-nos... sem tabus, sem medos, sem grilos.

Acho que felicidade é isso!