segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Propaganda eleitoral fora de época?




Extra-Extra! Não sou macaco Simão com suas notícias bombásticas mas me dou o direito de questionar! Hoje pensei seriamente (e até iniciei um post) em escrever sobre sorrisos e alegrias, mas como sempre, as dúvidas sociais e as palhaçadas mundanas acabam dando mais pano pra manga do que os lindos finais de semana como esse que acabei de viver (além do que, divulgar toda essa minha alegria vai acabar destruindo minha pimenteira antes da 1ª semana de tanto olho gordo!).

No auge dos meus 18 aninhos (não conte pra ninguém que são 23), depois de um longo semestre de aulas de direito eleitoral... receber ligações do Prefeito Luciano Ducci, falando do bem que sua gestão está fazendo à cidade de Curitiba. semanalmente, (só hoje duas vezes), me parece um tanto quanto suspeito, já que ainda não estamos em período eleitoral (período em que são permitidas as propagandas pessoais dos candidatos).

Pela chatice da irritante voz que falava do outro lado da linha, resolvi primeiramente ligar para a prefeitura (156) e tentar resolver o problema das ligações indesejadas:

- Central de atendimento 156, Boa tarde!
- Boa tarde, eu ando recebendo ligações do Prefeito, nas quatro linhas do escritório, falando de obras e benfeitorias que eu ainda não vi... (blá blá blá) ...é possível retirar os meus números do cadastro de vocês?
- Pode me falar um dos números senhora?
- (falei)...
- Aaah, esse número entrou nos nossos cadastros por um protocolo de muitos anos atrás, relativo a um semáforo...
- (Olha a minha cara, o que isso tem haver?) O.o
- Não sei como retirar senhora... a senhora poderia ligar pra operadora e ver se eles podem bloquear os números de receber essas ligações...
- O que? Esquece... o senhor sabe de onde partem essas ligações?
- Só um instante... sim, da CRM, Central de Relacionamento Municipal... a senhora poderia ligar lá...
- E o senhor acha que lá podem resolver o meu problema?
- Não sei, acho que não...
- Ok, obrigada! (Essa continua sendo a minha cara) O.o

Foi quando tive uma ideia genial, vou ligar no TRE, talvez lá alguém possa receber a denúncia de que o senhor Luciano Ducci anda se promovendo as custas da linha de relacionamento do município, fazendo sua propaganda eleitoral fora de época! Liguei! depois de muitas transferências, cai na 4ª Zona (zona mesmo!) lá havia alguém (educada, educada de verdade) que iria ficar responsável pela propaganda eleitoral nas próximas eleições... "desculpe, não esse tipo de propaganda, apenas propaganda de rua, isso aí é na 1ª Zona... mas a denúncia deve ser feita pessoalmente, traga seu CPF, RG, comprovante de endereço que eles recebem a denúncia!"...

E eu, mais uma vez dei com os burros n'água... sabe o que vai acontecer? Meu RG, meu CPF e meu endereço ficarão eternamente em algum banco de dados escuso, lista negra dos poderosos, eu com certeza serei intimada para trabalhar nas próximas eleições, na zona mais longínqua possível... e concursos públicos? Posso esquecer...nem eu, nem meus filhos e mais ninguém que conheço vai conseguir qualquer coisa no serviço público!  Se querem saber... uma vez me falaram que eu deveria postar a resposta, não só a polêmica... e eu continuo a responder:

Não tem resposta, isso tudo aqui é um labirinto... eu só quero fazer as pessoas entenderem que somente como um povo unido, poderíamos quebrar as paredes e sair daqui, fazer um lugar melhor pra se viver... Eu não sei por que diabos ainda acredito que é possível, mas é minha única alternativa, acreditar que vai dar certo... embora tudo indique que não vai!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Esquerdismo: Doença infantil do Comunismo!


Desde a ocupação da USP pelos ditos Estudantes de Filosofia vejo estourar feito Pipoca no Facebook e na Folha de São Paulo matérias, colunas e posts ridicularizando os pretensos "revolucionários". 

Principalmente por que não se sabe ao certo pelo que estes jovens estranhos protestavam. Seria pela paz mundial? Quando acendiam seus baseados, requeriam a ausência da PM e se aconchegavam em seus colchonetes e barracas temporariamente, sabendo que talvez aquele !back! escondido na geladeira não seria suficiente pra mais uma semana de protesto e que sinceramente, seus chuveiros a gás, suas camas box e suas TVs de LED eram bem mais acolhedoras que a reitoria fria e desalentadora daquele antro de retrógrados tradicionalistas!

Apenas esqueciam-se que a meia causa pelo que lutavam, sem bases, sem justificativas, sem nexo... tentou vulgarmente reavivar certos protestos já realizados. Somente esses cérebros deveras debilitados pela perda dos limites e o excesso (este que nunca é bom) para não perceber que não estão fazendo nada de novo e surpreendente. Que surpreendente seria se usassem suas massas cefálicas para desestruturar esquemas de corrupção ou para ocupar o senado requerendo o julgamento em regime de urgência de causas bem mais importantes que a "Maconha no Campus da USP".

Talvez, se ao menos tivessem lido a revista TRIP em sua edição especial acerca deste tema que tanto os interessa, soubessem embasar sua luta. Talvez se usassem esse empenho todo para dar um gás (Hahaha, sacaram o trocadilho?) em discussão plausível que é a tão esperada descriminalização da Canabis Sativa. Se pensassem como um todo e com neurônios e não apenas com seus umbiguinhos cansados de serem repreendidos pela prática de algo que até então (digo eu: infelizmente!) é ilícito e, ao contrário do que supunham, não resta direito algum no que exigem em seus cartazes porcamente esquematizados.

Quem sabe, se utilizassem algum dos conhecimentos que tinham quando obtiveram êxito no processo seletivo de uma das faculdades mais concorridas do Brasil (não estou falando do curso e sim da Instituição!) pudessem perceber o quanto banalizaram e desvirtuaram uma batalha que não salvaria apenas suas mentes lhes dando o direito a um "barato maneiro" e boas risadas... Mas também vidas que dependem da regulamentação da Maconha para que se possa progredir nas inúmeras pesquisas idealizadas e mundialmente comprovadas acerca dos benefícios do uso desta como droga medicinal.

Em outras partes do mundo os ocupantes de Wall Street teoricamente requerem uma nova ordem econômica, ainda que Luiz Felipe Pondé, em sua matéria na Folha Ilustrada no dia 07 de Novembro, diga que "Esta invasão de Wall Street foi uma modinha das grandes cidades da costa americana, assim como seus desfiles de moda, seus chefs de cozinha étnica e seu gosto por clássicos da literatura somali, sem os quais o mundo não seria a mesma coisa..." Ainda acho que é mais importante do que protestar por acender seu baseado em paz em sua própria Universidade, como se o Campus fosse um território a parte, alheio a soberania e a ordem nacional.

Quanto as modinhas que pegam primeiro no hemisfério Norte e na estação seguinte aqui pra esses lados do Sul do mundo, receio que sejam inevitáveis, tais como os protestos imbecis enquanto ainda os dermos crédito e publicidade. Porém, gritar "Paz" ou "Não ao capitalismo!" mesmo que portando uma bolsinha  Louis Vitton, ainda me parece mais digno do que gritar "Me deixa fumar maconha!" ou "10% do PIB pra educação" enquanto se pixa e vandaliza exatamente o local de ensino, exigindo que se tenha que gastar mais com as reparações dos danos, com a movimentação da máquina judiciária e ainda, que se permita, que os tubarões do sistema achem utilidade em seu protesto sem causa para captar ainda mais recursos em seus caixas dois, dizendo que o dinheiro foi pra curar a doença infantil que vocês, baderneiros, causaram no Sistema de Educação Superior Paulista!