quinta-feira, 8 de março de 2012

Hoje é o dia!


08 de março, dia Internacional da Mulher! Me pergunto: assim como os índios e todas as outras minorias contamos com um dia especial no calendário para comemorar nossa existência! Mas que "diacho"! As mulheres representam quase dois terços da população mundial e, ainda assim somos consideradas minoria?

Nosso dia é todo dia, por que todo dia é dia de lutar para criar um futuro mais justo e igualitário para todos, independentemente de gênero sexual. Mas tudo bem, eu gosto dessa ideia de ter mais um dia para ser paparicada em triplo, cá estava na batalha diária nesta manhã especial, quando ao chegar em minha mesa no escritório me deparo com um lindo vasinho de pimenta colorida e uma deliciosa cesta de café da manhã adoravelmente enviados pelo meu amor.



Que seja bem vinda a paz e o amor nesse dia de luta! Certa vez, não faz muito tempo, mamãe me disse que não deixasse de falar de amor, pois bem, que seja bem dito o amor. A contrassenso do meu momento atual, que vem permeado dele, meus textos vinham recentemente em sua maioria ressaltando, não o amor, mas certas revoltas sociais, certos absurdos visualizáveis rotineiramente em cada esquina e casas legislativa, executiva e judiciária desse país.

Não que essas revoltas não hajam vista o amor que tenho pelos meus filhos que ainda vão nascer, afinal, essa vontade de mudar o país envolve imensamente o desejo de que eles cresçam em um mundo melhor, com menos corrupção, com acesso de verdade a educação, com mais segurança para andarem nas ruas... enfim... essa batalha travada contra o sistema, também é por amor ao futuro.



Mas eu entendi o que ela quis dizer com aquelas palavras. Veio como de costume, propor que eu não perdesse a doçura, que não deixasse de alimentar minha alma com bons sentimentos. Pois bem, cá estou eu, disposta a seguir os conselhos da minha sábia mãe. No entanto, ainda que ela não saiba, tenho vindo, constantemente, alimentando minha alma desse amor.

Eu sei dos meus percalços, sei do meu cansaço, sei das minhas insatisfações, mas sei também que tenho tido mais facilidade que outrora para atravessar tudo isso com menos cicatrizes. Sei que a valorização do que é certo, do que vale a pena... não socialmente nem racionalmente falando... mas, sentimentalmente falando, certas pessoas, certos momentos e certos amores, tem deixado minha alma pra lá de satisfeita de amor.



E não é uma satisfação dessas de barriga cheia de quando a gente não aguenta mais ver comida na frente. É uma satisfação na medida certa, deixando no ar aquela vontade de comer sobremesa. A sobremesa? A luta diária e o amor que alimentam minha vontade de viver! Hoje é o dia e amanhã também... e depois de amanhã... e todos os dias que vierem! Parabéns a todas nós mulheres que com amor, fazemos da luta diária uma sucessão de vitórias!