quinta-feira, 12 de maio de 2011

Eu, você, ele, ela... nós!


Senhoras e senhores, mais uma vez em foco, as relações humanas...

Dois dias atrás, a tarde no escritório, lendo o jornal Folha de São Paulo, me deparei com a coluna da antropóloga Mirian Goldenberg, no caderno Equilíbrio e Saúde. A matéria do dia narrava os fatos de uma pesquisa que visava descobrir o que, em suas próprias opiniões, faltava nos relacionamentos entre homens e mulheres contemporâneos. Acabei lançando o Link da matéria no Facebook, com a reprodução do seguinte trecho:

“Um engenheiro de 54 anos disse: É impossível que um homem só consiga dar tudo que uma mulher quer e precisa, o ideal seria que cada mulher tivesse pelo menos três homens, um que lhe forneça sexo gostoso, outro que lhe faça carinho e outro para ver filmes inteligentes e discutir política...seria perfeito ainda se ela tivesse um quarto homem cheio da grana para pagar os restaurantes requintados e as viagens, e, um quinto que lhe fizesse dar risada o tempo todo...”

No próprio Facebook o tema já causou polêmica, tiveram homens, solteiros, que aproveitaram para demonstrar sua insatisfação acerca das mulheres modernas que estão tão preocupadas com suas carreiras de sucesso e escondidas em seus invólucros defensivos, a ponto que não se satisfazem com nada menos que príncipes encantados e acabam por ignorar os “caras responsa” que pairam anônimos no mundo real. Outros homens, também solteiros, acabaram por concordar com o engenheiro e aderir a causa da poligamia feminina.

Hoje, ao chegar na faculdade, o assunto veio a tona novamente, dessa vez os partícipes eram homens casados e trataram de dar os seus pitacos, completamente diferentes da opinião dos homens solteiros. Para eles, o fato é que eles, homens, sabem muito mais dos que as mulheres como equilibrar uma balança. Significa que apesar de nenhum deles alegar ter a mulher perfeita, eles se contentam com as suas por elas possuírem, não todas, mas quase todas as qualidades que esperam de uma mulher.



Relato de um deles: “É bom lembrar que o que tem dentro da balança nem sempre tem o mesmo peso, uma hora valoramos mais uma coisa, outras valoramos mais algo diferente do que era. Foi assim na vez que me separei e voltei; valorizei algo naquela outra mulher, que não era a minha, quando ela passou a ser pesou bem mais pro lado ruim do que pro lado bom... no fim das contas, a balança da minha verdadeira mulher era a mais equilibrada e a que me favorecia mais... voltei pra ela!”. O outro homem casado concordou, também já tinha acontecido com ele. Ambos garantem que suas esposas os perdoaram e estão felizes e satisfeitas.

Afinal, o que falta nas relações atuais? Ou ainda, o que falta nos seres-humanos para que não se encontrem mais casamentos duradouros felizes? Ou então, será que algum dia na história foi comum que casamentos durassem mais de dez anos sem que uma das partes estivesse totalmente insatisfeita e deprimida? Será que as separações e divórcios estão mais constantes por que crescem proporcionalmente as libertações principiológicas sociais e a real vontade de separar-se existiu desde sempre? Ou está realmente mais difícil ser feliz ao lado de outrem pelo aumento expressivo do egoísmo e da dificuldade de se doar e ceder? Será que é tão obrigatório assim ceder, ou para cada um tem mesmo a outra metade de sua laranja perdida pelo mundo, que lhe queira exatamente do jeito que é, e só quando a encontrar poderá ficar com uma única pessoa, feliz e satisfeito de fato?

Eu não sei responder a todas essas perguntas! Sei, que obrigatoriamente o ser-humano precisa do outro. Nós vivemos em sociedade, só não fica muito claro pra mim se a relação marital deve ocorrer entre apenas duas pessoas... Vocês sabiam que pouquíssimas espécies no mundo animal são monogâmicas? Por que o ser-humano haveria de ser originalmente uma delas?




Sei lá... a possessividade está encravada em nós, a necessidade de TER o outro só pra gente... sei lá... Não digo que viviria com mais de uma pessoa e que essa seja a alternativa para o sucesso matrimonial... Mas conheço, muitos e muitos casais que vivem felizes dessa forma, pois há sinceridade e todos os envolvidos concordam com a situação que ali se instala. Antes isso do que uma vida de casamentos tradicionais com direito a traições e mentiras.

Aaah... eu sonho sim com o príncipe encantado, talvez eu me enquadre entre as mulheres voltadas ao sucesso profissional sonhando com o homem perfeito... mas o que posso dizer em minha defesa é que o seguro morreu de velho... Quantas e quantas vezes achei que aquele era o “cara responsa” e na verdade ele se mostrou mais infantil que meu irmão (que ainda é um pré-adolescente), mais cabeça-dura e retrógado que meu pai (que já está chegando nos 50), mais machista que minha vó (que acha que mulher é pra ficar na cozinha), mais mentiroso que político com o rabo preso, mais inseguro que cachorrinho abandonado, mais sujo que pau de galinheiro e mais carente do que eu!

Desse jeito fica impossível manter uma relação! Já me disseram que mulheres como eu intimidam os caras... Mas pense nisso, se nós mulheres, evoluímos, crescemos, buscamos a nossa independência... Por que os homens não evoluíram com a gente? Por que não mantiveram o lado bom do cavalheirismo (que era o melhor dos tempos antigos) e não se modernizaram? É a era da tecnologia digital, da novidade cibernética, da informação... Por que os cérebros masculinos haviam de permanecer mecânicos?



Oooo céus, não os estou desdenhando, pelo contrário, me faria a mulher mais feliz do mundo o homem que se apresentasse a mim, cheiroso, bom amante, bem vestido, com boas energias, dizendo que me ama, que quer viajar os cinco continentes, que gosta de natureza, que só ouve boa música, que trabalha, que quer ter filhos... basta reler o post de alguns meses atrás no qual descrevo meu homem ideal... não é tão difícil assim achar este homem... mas é essencial que seja sincero... e é isso que está difícil de encontrar, tanto nos homens quanto nas mulheres... a tão necessária sinceridade!

3 comentários:

  1. Eu tenho uma teoria pra isso.
    Pode parecer machista, mas acredite, não é.

    Sempre achei, e acho, que a mulher é tão ou mais competente que o homem, mas ela não soube aproveitar essa independencia que elas adiquiriram.

    Não bastou a elas estarem lado a lado com os homens, elas querem agir como se fossem homens.

    Mulheres, não saiam a caça dos homens, nós precisamos disso, gostamos disso, se valorizem... não é pq existe muito mais mulher que homem, que nós homens (os que são mesmo homens e dão valores as mulheres)vamos desistir daquela que se mostrar difícil e que se valoriza. Nós não gostamos de ficar sacaneando com as mulheres por ae.

    Nós queremos sim compromisso, podem acreditar.

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  2. Anaaaaaaaaaaaa, muito bom! excelente texto. Inteligente e bem colocado. Admiro cada dia mais a tua linha de pensamento, uma fã!
    Paula

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  3. Senhor Rafael, realmente pareceu machista... e acho difícil acreditar que não é...

    A independência que a mulher moderna adquiriu está sendo extremamente bem utilizada, os homens é que, no meu ponto de vista, não acompanharam o fluxo dos acontecimentos e grande maioria deles tem medo, pavor e fica visivelmente inseguro frente a mulher independente!

    Quanto a postura masculina que algumas mulheres adotam, se é quanto a isso que se refere, justifica-se (se for justificável)pela falta de presença masculina, pela falta de homens que adotem seu papel e ajam como tal, com hombridade, respeito e coragem!

    As mulheres não estão caçando homens, estão caçando amor, apenas demonstrando suas necessidades... é a nova era, não temos mais tempo pra esperar que voces tomem uma atitude, que se mostrem realmente capazes de dar a proteção que queremos... por isso nos armamos e a melhor defesa é com certeza o ataque!

    Quanto a valorização da mulher, creio e vejo que há uma banalização, mas não é da mulher somente, é do ser humano... que se afunda em suas vulgaridades sem saber se utilizar da liberdade social e de expressão!

    Se você, em si, não gosta de sacanear as mulheres por aí e quer sim ter um compromisso, acredite, você é raro... e mesmo assim... é acho diícil de acreditar!

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