quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Mudanças e saudades!



Saudades... primeiro a gente sente falta, depois sente muita falta... e começa a perceber que saudade é uma palavra habitual no nosso vocabulário, ao menos no meu é! Por que por tantas vezes as pessoas vão e vem em nossas vidas, e vão novamente... até que um dia não voltam mais e viram "saudade" ou "memória", ou os dois. Eu, com essa mania de mudar de cidade, acabo levando a saudade junto, saudade de tudo que ficou pra trás, e acho que, de uma forma ou de outra, aprendi a conviver com ela.

Existem vários tipos de saudade! A "saudade distância" é dessa saudade que tem me afetado bastante, daquelas pessoas amadas que estão longe e que a gente deixa de encontrar pelos desencontros do caminho ou encontra de vez em quando, quando o tempo permite. Ou aquelas que vão ali, já voltam, mas esse tempo demora a passar pro coração que espera e o "ali" parece muito longe.

Tem a "saudade esperança", que nos diz que tenhamos paciência, pois a hora do cruzar dos caminhos  logo vem, trazendo abraços, sorrisos... e a esperança vai acalmando o coração com lembranças boas... depois dela vem a "saudade melancólica", das lamentações do tempo que passou e não volta mais, ou a "saudade nostalgia" das memórias que de tanto serem lembradas acabam por virar um assunto que se repete inúmeras vezes até cansar os terceiros ouvintes.

Saudade de coisas, de momentos, de pessoas... tenho saudade até do que nunca aconteceu, talvez seja saudade das expectativas, aquelas que aos poucos vão sendo deixadas de lado ou assumindo outras formas, virando desejos de outras coisas senão aquelas que nunca foram realizadas. Sinto que tenho saudades até de vidas passadas, de pessoas que nessa vida apenas cruzaram meu caminho, por breves instantes, mas que sinto com toda certeza de que essa saudade já existia há muito tempo.

Tenho saudade de (quase) todas as casas em que vivi, de certos detalhes que faziam a diferença. Se eu pudesse, juntaria todos esses detalhes em uma casa só e colocaria cada uma dessas pessoas que me fazem falta ao meu redor, ao mesmo tempo e em uma única vida. Cada bichinho de estimação, cão correndo atrás de gato, gato correndo atrás de cão. E a saudade então, quem sabe fosse embora.

Pensando bem, sem a saudade também não tem o reencontro. Sem a saudade não existe a nostalgia das lembranças, nem a valorização dos momentos, esses que de tão simples e raros a gente faz parecer um grande acontecimento, quando conta, quando lembra... é a saudade que faz tudo que passou ser grandioso, a saudade é o que eterniza os amores platônicos, o que enaltece os pequenos heróis e o que transforma rotina em história.

Essa minha vem repleta de mudanças e de saudades, o que me faz crer que meu caminho até agora muito valeu a pena, afinal, a gente só tem saudades daquilo que foi bom! Não é? Que fique então a saudade para que possamos acabar com ela por lindos, bons e breves eternos momentos.

6 comentários:

  1. Q LIIIIINdo Ana!

    Saudades!

    bjus da POPI

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  2. Caracoles, Ana Terra...não sabia qe sabias escrever tão bem assim...com uma simplicidade ímpar, com a capacidade de transformar em palavras, sentimentos.
    Muito, muito bonito...espero que, um dia, possamos lembrar com saudades dos momentos que viveremos.
    Beijos...
    Julia

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  3. Eeee, obrigada pessoas... pessoas que me inspiram... e que me deixam saudades! :D

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  4. Querida filha! Que poético este seu texto... me deu saudades de ti e dos momentos bons que já passamos juntas!!!Me dei conta que tu já mudou muitas vezes de casa, umas tantas comigo e outras contigo mesma(inclusive de cidade). Isto parece que te deu uma mobilidade e habilidade em fazer tudo novo e melhor! Estou chegando para te ajudar em mais esta mudança...com amor, Lílian

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