terça-feira, 8 de maio de 2012

Os males do mundo! (O mundo é redondo!)

Vilões da Disney

Um dia pensei que todos os males do mundo eram as paixões e amores não correspondidos... que o resto era pura brincadeira de criança. Demorei a perceber que o mal existe de verdade e mais ainda para descobrir que ele é grande e mais monstruoso que os vilões da Disney... ele parece muito mais com você e comigo do que imaginamos...


Certa vez, levei um puta soco na boca de uma menina que não sei o nome e que provavelmente hoje deve estar amasiada com um traficante e morando em um barraco, parindo uma vez a cada nove meses (Algum veneno foi destilado neste momento!... é o Mal dentro de mim, socorro!). Fiquei buscando justificativas para o que aconteceu e percebi que a minha vitória seria simples na luta contra o Mal: o meu sucesso na vida! No fim, foi apenas mais uma briguinha na minha adolescência transviada.


Depois chorei por vários "amores" e meu pai sempre me dizia: "amadureça, amor não é isso, outros amores virão"... e vieram... e se foram... muitos até que eu percebesse que o amor de verdade existe (Felizmente ao meu lado)... e que o mal também (Infelizmente bem perto!)! Foi em Junho de 2010 que a ficha caiu.










Aconteceram coisas... que não cabem elucidar, e que me fizeram finalmente retirar o véu púrpura purpurinado que encobria meus olhos... "Não... ele faz isso por isso..." ... "Não, ela tem motivos..." ...Era eu sempre tentando achar explicações psicoterapêuticas para dirimir a culpa alheia.  Mas não tem explicação... ao menos não por motivos que se possa compreender... Na maioria das vezes o mal faz o mal por que é mal e pronto!


Sim, está tudo ao contrário, eu sei... As vezes penso que não é só o prenúncio do fim dos tempos... é o anúncio tácito do ode ao fundo do poço, do chamamento aos sentimentos inúteis, banhados de preconceito e da maldade perspicaz de um tradicionalismo hipócrita e catinguento... esse novo pensamento egoísta "da hora" é tão dispensável que nem sequer podemos rotular... são personalíssimos... e somente os remetentes da mensagem sabem o que se passa dentro de suas caraminholas. Está tudo errado!


O que? O que? O que? Tudo oras! Tudo! A luta falida contra as substâncias psicoativas, a virgindade e o esforço das moçoilas em desmentir que a "pureza" já foi pro brejo, bem como o interesse das pessoas nisso como se a virgindade (ou não) fosse da conta de alguém além da dona da perseguida, a hipervalorização da bunda e dos peitos, a hipo-valorização do cérebro, a corrida contra o tempo das igrejas para arrecadar fiéis e dos políticos para arrecadar eleitores, a movimentação das massas para crucificar os vilões midiáticos, a corrupção, a desvalorização do estudo e do trabalho, a substituição do amor pelas obsessões racionais... O Mal está tomando conta.


Tudo que vai, volta!




Longe de mim parecer uma revolucionária... mas, já querendo ser, deixe-me discursar sobre como as coisas deveriam ser. E digo "deveriam ser" com a certeza absoluta do "dever ser"... Me desculpo apenas por que o conteúdo das palavras que compõe o que direi a seguir também é tão óbvio quanto a problemática em questão:


Certa vez li por aí que onde o amor existe não são necessárias regras, nem leis... que se o Amor reinasse de fato não haveria-se de insistir em normatividade para relacionamentos amorosos ou sociais... Mas as coisas não são fáceis assim... Mais que amor... é necessária a paciência e o discernimento de que diferenças existem e que é preciso respeitá-las.


Em seguida, é bom rememorar que em todas as relações inter-humanas é necessário amor... senão entre as partes, ao menos que cada uma delas saiba amar o "ser humano" como um todo a ponto de respeitar o próximo como a si mesmo (Ou mais do que a si mesmo, quando não raras vezes inexiste o amor próprio!). E aí podemos envolver todos os contatos interpessoais existentes, tanto entre humanos, quanto na relação deste com o animal ou coisa inanimada alheia.




Na atual conjuntura pouco existe do amor, menos ainda do respeito... bem por que impera aquela mania inconveniente (e antiquada) de julgar os outros por nós mesmos... já dizia o velho sábio (não me pergunte qual.): "Perturbar-te-á mais o que é espelho de ti"... (Achas que usei palavras "difíceis" para parecer inteligente? A minha sorte é que o inteligente nem notará, pois tais palavras são usuais à ele). O importante aqui é perceber que difícil mesmo para o ser humano é respeitar o espaço do outro e sua forma de ser e pensar! E que isso, o desrespeito, abre brecha ao Mal, ele é o próprio Mal.


Aaa véuzinho cor-de-rosa... volte por favor aos meus olhos... estou cansada de perceber que as pessoas não percebem o quão dependentes são do próximo; e as instituições, sejam elas universitárias, governamentais ou religiosas, sempre vão reprimir, deprimir e diminuir a importância dos seres humanos dos quais elas dependem para se constituir... as instituições, quaisquer tipo sejam, esquecem-se de respeitar o pequenino ser que faz parte dela... Os professores, coordenadores de curso, os diretores, os governadores, os prefeitos, os pastores, os bispos e esses outros "poderosos", muitas vezes esquecem-se que sem os alunos/coordenados/governados/pastorados, eles pregariam apenas para paredes e reinariam em um prédio vazio, sem alma, sem cor e sem vida!


Fiquem em paz Senhores, Senhoras e Senhoritas... E nunca se esqueçam que o mundo não é redondo por acaso... Amém!




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