sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Amadurescência!



As vezes penso que estou envelhecendo! Putz! Mas estou mesmo né? O que me encomoda (ou não), ou melhor, me espanta, é a evidência estampada em certas atitudes típicas de mães e madrastas!

Sabe aquela história de "você diz que seus pais não entendem, mas você não entende seus pais"? É assim mesmo. O que acontece é que a gente cresce e passa a ver certas situações por outros ângulos. Por ora, começo a ver involuntariamente do ângulo delas. Como quando a louça na pia irrita profundamente, afinal ela deveria ser lavada assim que usada, para não acumular, pra não encracar... elas sempre me diziam algo do tipo... O copo de nescau? Eu não deixo mais com aquele restinho que gruda no fundo, "estão vendo? Finalmente aprendi!". Pra falar a verdade nem tomo mais nescau!

Normalmente, ainda que em ritmo de conversa, as palavras vinham acompanhadas de um certo tom catedrático, aquele que busca mostrar como a vida é de fato e que aquilo alegado já é, assim ou assado, por que já foi cientificamente comprovado. Como quando eu me envolvia perdidamente em minha tristeza de amores impossíveis e/ou perdidos. Como quando eu ouvia delas e dele (papai) que aquilo tudo era um exagero. Que eram lágrimas de crocodilo com o desespero típico da idade, que "isso também vai passar". Passou.

Sem falar no fim do mundo que ocorria quando perdiamos (eu e minha irmã) uma festa ou evento, que para nós, naquele momento, era o mais importante do mundo inteiro. Parecia que nunca mais iamos sair de casa outra vez. Parecia que as amigas nuca mais iriam fazer uma festa de aniversário ou que o Dinho Ouro Preto nunca mais iria cantar de novo em Florianópolis (Como assim não me deixa ir? Eu já estou com o ingresso na mão! Vai me proibir assim em cima da hora? "VOU!" Buááááááááááááá...!)

Atualmente, cá estou eu, sempre optando (quando possível) por não desesperar, não colocar o carro na frente dos bois. Assumo o papel da mãe/madrasta irritadiça pelos gestos adolescentes alheios. E assim vai... hora ou outra, meus dias se tornam "mini-flash-backs" com uma substituição peculiar das pessoas que interpretam as personagens.

Como quando eu achava um saco das reclamações de: postura, educação e modos na mesa de jantar. Hoje sou eu a me irritar profundamente com alimentos semi-triturados que passeiam pelo interior da boca alheia durante uma mastigação produzindo aquele barulhinho agradável de saliva resbalando nas bochechas e na língua. Sou eu a requerer postura. Sou eu não suportar o tilintar exageirado de facas, garfos e pratos resbalando um no outro, revirando a comida pra lá e pra cá. A chata que eram elas, hora uma e hora outra, as vezes ambas, hoje sou eu! Solamente!

Ainda não sei se é bom ou se é ruim... na verdade, tudo indica que essa minha mudança de perspectiva seja parte de um grande e mirabolante plano delas pra me fazer mulher. Talvez, esse meu novo comportamento indique que embora a estatura não tenha se alterado tanto, alguma coisa aqui dentro está agindo de forma que eu me sinta mais adulta do que outrora, equivocadamente pensei ser. Quem sabe seja o amadurescimento que meu pai por tantas vezes requisitou.

Me assusta isso de pensar agora, por exemplo, que isso é um ótimo sinal, afinal, também quero que meus filhos aprendam o que elas me ensinam até hoje. Filhos? Calma aí, cedo demais, também acho! Mas ainda assim. As amigas contemporâneas já estão se formando, subindo ao altar, engravidando, criando seus filhos, talvez seja o rumo natural das coisas, sei lá. O tempo passa não é? E quando menos se espera eles já estão crescidos. Cresci!

2 comentários:

  1. Ufaa, deu certo!!!!

    Bjus

    paula (boadrasta)

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  2. Navegar é preciso querida... uma linda amadurescência pra ti.Tô vivendo a minha há 1 ano e meio já... desde que casei rs!
    Guria, vamos pra Tandava!Será divertido!
    Um beijo tri grande, guapa!

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