quarta-feira, 18 de abril de 2012

A espera do inesperado!



Um dia a menina sonhou que iria transformar seus sonhos em realidade... mas quando realidade foram, a menina criou outros sonhos...

E eram tantos deles que a menina poderia ser mil meninas que se espalhariam em seus sonhos para assumir mil papéis e brincar de sonhar dentro do próprio sonho.

Transformou seus sonhos em realidade mesmo que em fantasia. Ainda que a menina não mais conseguisse dormir... ainda assim ela sonharia. Acordada.

Um dia a menina chorou e de tantas lágrimas que caíram, ela construiu sem próprio mar, com a sua própria praia, plantou duas árvores, pendurou uma rede, desenhou uma água de coco e escreveu um livro.

Sorriu e fez surgir o sol que iluminou seu próprio paraíso. Então, tudo aquilo que ela esperava foi se materializando aos poucos ao seu redor... sem relógios, sem esperas e novos e lindo sonhos. Sonhou de novo.

Um dia a menina cresceu, chorou por que crescia rápido, sonhou que cresceria forte, dançou até perder o fôlego, respirou amor como se sobrevive, encheu o peito dele e mergulhou bem fundo...


Um dia a menina esperou o "inesperado" e ficou na dúvida se por isso então ele se tornava "esperado" pela ansiedade de "inesperar".

Como é engraçada a atitude humana diante da espera do inesperado! A menina espera sempre... que os ponteiros ao redor parem e que a deixem em paz... que a deixem ditar o ritmo dos seus próprios passos...

Enquanto o relógio não para ela vai tratando de acelerar os ponteiros até que possa vencer o relógio pelo cansaço. E espera.

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