terça-feira, 8 de novembro de 2011

Esquerdismo: Doença infantil do Comunismo!


Desde a ocupação da USP pelos ditos Estudantes de Filosofia vejo estourar feito Pipoca no Facebook e na Folha de São Paulo matérias, colunas e posts ridicularizando os pretensos "revolucionários". 

Principalmente por que não se sabe ao certo pelo que estes jovens estranhos protestavam. Seria pela paz mundial? Quando acendiam seus baseados, requeriam a ausência da PM e se aconchegavam em seus colchonetes e barracas temporariamente, sabendo que talvez aquele !back! escondido na geladeira não seria suficiente pra mais uma semana de protesto e que sinceramente, seus chuveiros a gás, suas camas box e suas TVs de LED eram bem mais acolhedoras que a reitoria fria e desalentadora daquele antro de retrógrados tradicionalistas!

Apenas esqueciam-se que a meia causa pelo que lutavam, sem bases, sem justificativas, sem nexo... tentou vulgarmente reavivar certos protestos já realizados. Somente esses cérebros deveras debilitados pela perda dos limites e o excesso (este que nunca é bom) para não perceber que não estão fazendo nada de novo e surpreendente. Que surpreendente seria se usassem suas massas cefálicas para desestruturar esquemas de corrupção ou para ocupar o senado requerendo o julgamento em regime de urgência de causas bem mais importantes que a "Maconha no Campus da USP".

Talvez, se ao menos tivessem lido a revista TRIP em sua edição especial acerca deste tema que tanto os interessa, soubessem embasar sua luta. Talvez se usassem esse empenho todo para dar um gás (Hahaha, sacaram o trocadilho?) em discussão plausível que é a tão esperada descriminalização da Canabis Sativa. Se pensassem como um todo e com neurônios e não apenas com seus umbiguinhos cansados de serem repreendidos pela prática de algo que até então (digo eu: infelizmente!) é ilícito e, ao contrário do que supunham, não resta direito algum no que exigem em seus cartazes porcamente esquematizados.

Quem sabe, se utilizassem algum dos conhecimentos que tinham quando obtiveram êxito no processo seletivo de uma das faculdades mais concorridas do Brasil (não estou falando do curso e sim da Instituição!) pudessem perceber o quanto banalizaram e desvirtuaram uma batalha que não salvaria apenas suas mentes lhes dando o direito a um "barato maneiro" e boas risadas... Mas também vidas que dependem da regulamentação da Maconha para que se possa progredir nas inúmeras pesquisas idealizadas e mundialmente comprovadas acerca dos benefícios do uso desta como droga medicinal.

Em outras partes do mundo os ocupantes de Wall Street teoricamente requerem uma nova ordem econômica, ainda que Luiz Felipe Pondé, em sua matéria na Folha Ilustrada no dia 07 de Novembro, diga que "Esta invasão de Wall Street foi uma modinha das grandes cidades da costa americana, assim como seus desfiles de moda, seus chefs de cozinha étnica e seu gosto por clássicos da literatura somali, sem os quais o mundo não seria a mesma coisa..." Ainda acho que é mais importante do que protestar por acender seu baseado em paz em sua própria Universidade, como se o Campus fosse um território a parte, alheio a soberania e a ordem nacional.

Quanto as modinhas que pegam primeiro no hemisfério Norte e na estação seguinte aqui pra esses lados do Sul do mundo, receio que sejam inevitáveis, tais como os protestos imbecis enquanto ainda os dermos crédito e publicidade. Porém, gritar "Paz" ou "Não ao capitalismo!" mesmo que portando uma bolsinha  Louis Vitton, ainda me parece mais digno do que gritar "Me deixa fumar maconha!" ou "10% do PIB pra educação" enquanto se pixa e vandaliza exatamente o local de ensino, exigindo que se tenha que gastar mais com as reparações dos danos, com a movimentação da máquina judiciária e ainda, que se permita, que os tubarões do sistema achem utilidade em seu protesto sem causa para captar ainda mais recursos em seus caixas dois, dizendo que o dinheiro foi pra curar a doença infantil que vocês, baderneiros, causaram no Sistema de Educação Superior Paulista!

3 comentários:

  1. Oi Ana adorei, exatamente isso!Beijos

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  2. Oi Filha! Aí vai! Gostei bastante do seu texto; tem muita clareza de pensamento!
    No entanto, tem uma palavra que você tem que rever. O certo não é back(retorno?) e sim "bequi" que quer dizer:" baseado enrolado que ultrapassa os idiotas". Cultura da canabis sativa. Tem todo um histórico que uma terapeuta de família e uma futura advogada tem que conhecer: com a proibição do uso da canabis através da criminalização determinada pela OMS(final da década de 30),os negros norte americanos(década40/50) introduziram um código de comunicação gestual (utilizando o polegar e o indicador) simulando o uso do baseado; depois incluiram o som da tragada no gesto(e isto se disseminou pelo planeta); em meados dos anos 80 passou-se a denominar"um"/"uma massa" "DA LATA"(fLORIPA); na década de 90 pasSou-se a chamar de "bomba" e "unzinho"; passou-se pela "gelada"(por ser guardada no congelador e, finalmente"béqui". Blog também é cultura. Beijos

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  3. É como eu costumo dizer... a fruta nunca cai longe do pé...
    Ja vi que a inteligencia é hereditária...

    Parabéns pelo post sogrinha...arrasou...

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