quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Por que?


Eu sempre fui do tipo de pessoa que busca os "porquês", e continuo sendo, é indubitavelmente inútil querer me impor algo sem expor motivos contundentes que me convençam da validade da ideia que tenta me passar. E se a ideia parece socialmente razoável, ainda assim não é o suficiente pra mim, já que passei grande parte dos meus dias terrenos questionando as verdades socialmente aceitas. Também por que, não me basta que seja dito certo, errado, lícito ou ilícito... não me basta que me digam que "Deus quis assim" ou que "É pecado". Se me restam dúvidas, eu vou mais a fundo para entender os motivos das coisas serem o que são.

Se tem algo que eu acho "errado" e que aí sim posso me utilizar desses termos, é a forma com que o ser humano se acomodou em seus conceitos antiquados do que são as coisas sem nem mesmo questionar a história. E faz isso censurando idéias e destruindo planos . Se acham questionável o estilo de vida dito "Não ligo pro que os outros pensam, quero mais é ser feliz", eu acho questionável o estilo de vida "Welcome to my Bubble". Acho questionável que achemos normal essa política facebookiana do "Proteste Aqui" como se fosse possível mudar alguma coisa sem enfrentar o mundo de peito aberto, questionar antigas verdades e quebrar tabus, por que não enxergam? Claro, chamemos atenção para as causas que interessam, mas não é o suficiente, é preciso agir e isso se insere nos mais pequenos atos de compaixão e bondade para com o próximo. Por que não agimos?

Talvez seja eu quem veja o mundo de forma diversa, e o diferente é sempre errado antes de virar moda (certo?), mas não me passa pela cabeça como a felicidade e o prazer podem não ser as coisas mais importantes da vida. Por que valorizar tanto princípios tradicionalistas que não visam a felicidade? Não falo da felicidade baseada na tristeza alheia, falo da verdadeira felicidade, esta de se sentir parte de um todo que faz a diferença, que discute idéias interessantes além da mesmice da hipocrisia de quem crítica banalidades e vive rotineiramente sem semear sonhos, sem se importar com o sentimento verdadeiro e sem enxergar um futuro melhor. E me questiono, por que desistir tão cedo de ser feliz?

Hoje, diferente da minha antes revolta-sem-causa tradicional do ser inconfundível que é o adolescente humano, busco valorizar certas coisas, certos momentos, e ponderar certos excessos. Hoje, não busco resposta pra tudo, também por que nem tudo tem resposta ou uma única resposta. Mas sei que aquela essência da contestação ainda impera em mim... é visível e muitas vezes incrivelmente irritante (aos outros e não à mim) que eu queira (quase) sempre saber os "por ques", como uma criancinha chata e curiosa. Mas o que posso fazer? É da minha natureza isso de passear nas dúvidas até encontrar uma que não haja solução, ou que me de a liberdade de inventar a saída de labirintos, por mim mesma, ou que me de o direito de utilizar palavras de algum poeta qualquer que me pareça interessante ao momento! Por que? Acha que estou errada de questionar tanto?

Só me diga então: Por que?

"Não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas!"

Nenhum comentário:

Postar um comentário